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Trabalhadores da Somincor em greve param as minas de Neves-Corvo

A «forte adesão» à greve nas minas de Neves-Corvo, em Castro Verde, paralisou as lavarias e «grande parte dos serviços subterrâneos», de acordo com fonte sindical.

Mineiros da Somincor num túnel da mina de Neves Corvo
Mineiros da Somincor num túnel da mina de Neves CorvoCréditosNuno Veiga / Agência LUSA

A greve dos trabalhadores da Somincor, concessionária das minas de Neves-Corvo, em Castro Verde, que teve início esta manhã, conta com uma «forte adesão», disse à Lusa Luís Cavaco, dirigente do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria Mineira (STIM/CGTP-IN), citado pelo Diário de Notícias.

Ambas as lavarias, onde é feito o tratamento do minério, estão paradas, assim como «grande parte dos serviços subterrâneos na mina». Este é o primeiro dia da greve que se estende até à manhã do próximo sábado, dia 7.

De acordo com o dirigente sindical, a expectativa é que a elevada adesão se mantenha no segundo turno, com início às 14h, já que integram o piquete de greve «trabalhadores dos dois turnos». Luís Cavaco sublinhou à Lusa que há 12 anos que os trabalhadores não realizavam uma «greve com esta dimensão» e destacou a unidade na luta decidida para esta semana.

Horários de trabalho, «penosidade» das funções e idade da reforma

A greve que se inicia hoje foi decidida em plenário, a 17 de Setembro, após a administração da empresa não ter dado resposta às propostas dos trabalhadores até à reunião de dia 13.

A «humanização dos horários de trabalho» é uma das principais reivindicações dos trabalhadores. Actualmente, cumprem apenas um dia de descanso por cada cinco dias de trabalho, gozando três dias de descanso ao fim de 17 dias, em regime de laboração contínua. A proposta da administração aponta para um horário de 10h42 diários no fundo da mina, «onde os trabalhadores estão sujeitos a uma actividade extremamente penosa, sendo que, alguns trabalham a mais de mil metros de profundidade e em condições de ainda maior penosidade».

De acordo com a resolução aprovada no plenário, os trabalhadores das lavarias, apesar de também lhes ser aplicado um regime de laboração contínua e com «elevada penosidade», têm menos direitos que os trabalhadores do fundo da mina. A proposta avançada pelo STIM é que estes tenham direito a um regime de reforma antecipada, através de um protocolo entre a administração da empresa e a Segurança Social.

Segundo o STIM, no plenário foram ainda discutidos o congelamento das carreiras e as «alterações unilaterais na política de prémios». Os trabalhadores da Somincor, «de uma maneira geral, recebem hoje menos do que recebiam há dez anos», em virtude dessas medidas, acusam.

Outra das razões que levam os mineiros a partir para a greve de cinco dias é a «pressão e repressão» patronal que, acusam, «tem vindo a agravar-se» na empresa. Caso a administração não dê resposta às suas exigências, prometem avançar para novos períodos de greve de cinco dias nos meses de Novembro e Dezembro.

Minas rendem 130 milhões a grupo canadiano

As minas de Neves-Corvo, onde são explorados minérios de cobre e de zinco, é operada pela Somincor, uma empresa do grupo canadiano Lundin Mining. A operação em Castro Verde rendeu 156 milhões de dólares (130 milhões de euros) em vendas à Lundin Mining no primeiro semestre deste ano, uma subida de 15 milhões de dólares (12,5 milhões de euros) face a 2016.

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