Reunidos em plenário em Bucelas, Caneças, Santa Iria, Sacavém e Vila Franca, os trabalhadores da Rodoviária de Lisboa, empresa do grupo Barraqueiro, mandataram o seu sindicato, o Sindicato dos Trabalhadores de Transportes Rodoviários e Urbanos de Portugal (STRUP/CGTP-IN), que integra a Fectrans, para desenvolver um conjunto de acções na defesa dos seus interesses e reivindicações.
O diversificado quadro de acções foi todo decidido pelos trabalhadores, algo que comprova a profundidade da discussão colectiva e da própria acção a ser desenvolvida. Entre as decisões tomadas pelos trabalhadores, a mais fora do comum é o início de uma acção judicial.
Os trabalhadores autorizaram o STRUP/CGTP a iniciar uma acção judicial para reclamar créditos referentes aos valores das refeições não recebidas de acordo com o Contrato Colectivo de Trabalho em vigor. Além disso, também será exigido o estrito cumprimento da respectiva convenção colectiva de trabalho, especialmente em relação à sétima diuturnidade.
Foi ainda definido que o sindicato, no âmbito do processo negocial em curso, deverá continuar a defender a proposta apresentada ao patronato na reunião de 4 de Julho, a qual inclui a exigência de um subsídio de refeição no valor de 9 euros, com a incorporação de pequenas refeições e a possibilidade de negociar uma segunda refeição para intervalos superiores a 12 horas e para deslocados. Os trabalhadores também concordaram com a possibilidade de negociar, de uma forma faseada e até 2026, a redução do intervalo para refeição de três para duas horas.
Nos plenários estiveram presentes trabalhadores brasileiros que denunciaram uma realidade de incumprimento de promessas feitas para a sua contratação.
Acolhidas as propostas e denúncias, o STRUP/CGTP informou que no próximo dia 10 irá reunir com o secretário de Estado da Mobilidade Urbana. Além disso, reiterou, face a informações de que a empresa se prepara para descontar os tempos de plenário, o que é considerado ilegal, que os trabalhadores devem comunicar imediatamente ao sindicato essa situação e entregar na empresa os recibos para que sejam tomadas as medidas adequadas de defesa dos seus interesses.
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