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|repressão patronal

Trabalhadores da Portway denunciam repressão sistemática

Denúncias são feitas numa carta, onde afirmam terem chegado ao limite, face aos casos de assédio, entre castigos, privações ou ataques pessoais a aludir a «partes  corporais femininas» ou «como estás gorda não precisas de comer».

A Portway Handling de Portugal é detida pelo grupo Vinci, que opera em vários aeroportos
A Portway Handling de Portugal é detida pelo grupo Vinci, que opera em vários aeroportosCréditos / Wikimedia Commons

Os casos de repressão e ilegalidades são descritos pelos trabalhadores numa carta, a que o AbrilAbril teve acesso, endereçada a várias figuras públicas e aos vários partidos com assento parlamentar.

Os trabalhadores afirmam ter «chegado a um limite de cansaço extremo, físico e psicológico», consequente das acções sistemáticas da Porway, uma empresa de handling que opera nos aeroportos, «a que diariamente estamos sujeitos alguns há já praticamente 2 anos e meio».

A situação é descrita numa longa lista de represálias e perseguições, das quais mencionamos algumas como ataques pessoais dos superiores com linguagem imprópria e ofensiva, «sujeitos a gritos», chegando a fazer «referência a partes corporais femininas» e respondendo à necessidade de comer com «como estás gorda não precisas».

Outras passam pelo aumento da carga horária, com a empresa a afirmar que «sempre que estavamos de férias ficaríamos a dever horas», castigos por fazerem greve, privação a alguns do direito a férias ou «baixando o ordenado para que estas vejam o seu rendimento familiar reduzir e assim cederem», além de obrigarem a trabalhar «por vezes 16 horas de seguida» ou então vedam o acesso do trabalhador às formações facultadas a todos, com o objectivo de privar as normais valências.

Os trabalhadores descrevem também processos disciplinares com «mentiras e falsas acusações», às vezes por «actos diariamente praticados por outros colegas sem qualquer tipo de sanção», castigos por exercer o direito à privacidade na doença, divulgação de dados pessoais, despromoções ilegais, colocação de um fulltime a part-time como castigo, entre outros.

Na carta, os trabalhadores afirmam ter agora as devidas provas e testemunhas para avançar oficialmente com as queixas, tanto individualmente, como contra a empresa, provando a «má fé e as ilegalidades» mencionadas.

«Somos pessoas que estão a sofrer neste momento pressões com o intuito de se despedirem por cansaço puro e desta forma reduzir custos à empresa. (...) Um padrão de relacionamento hostil direcionado de forma sistemática, por uma ou mais pessoas, a nós, (...) com o propósito de nos anular como pessoas, como profissionais», lê-se na carta.

Além disso, denunciam que os recursos humanos da empresa têm conhecimento total, «destas e de muitas mais situações, escusando-se intervir e parar estas injustiças», como também a Autoridade para as Condições no Trabalho, que tem «conhecimento das irregularidades feitas contra nós e nada faz para as travar».

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