«A proposta entregue à EDP e às empresas "prestadoras de serviços" prevê um mínimo salarial de 850 euros, três escalões seguintes e aumento do subsídio de refeição», informou a Federação Intersindical das Indústrias Metalúrgicas, Química, Farmacêutica, Eléctrica, Energia e Minas (Fiequimetal/CGTP-IN), em comunicado.
A resolução, aprovada na concentração de trabalhadores junto à sede da EDP, em Lisboa, em 12 de Abril, e entregue às empresas, abrange os trabalhadores de lojas, centros de contacto, telecontagem da E-Redes e outros serviços de apoio de empresas do grupo EDP.
Além de um salário mínimo de 850 euros para os trabalhadores, a proposta prevê três escalões, a atingir ao fim de três anos, de 1050, 1160 e 1350 euros, para atendedores/assistentes, segundas-linhas e chefes de loja/supervisores, respectivamente.
Prevê ainda o aumento do subsídio de refeição para oito euros por dia.
«Para os sindicatos e a Fiequimetal, é impossível manter a vergonha existente. […] Da administração da EDP é exigida uma intervenção junto das prestadoras de serviços, de modo a inverter as práticas seguidas e abrir caminho para que não existam duas realidades de salários e direitos, apenas pelo simples recurso a intermediários», lê-se no comunicado divulgado no sábado.
Os sindicatos esperam uma resposta das empresas durante o mês de Maio e, se não acontecer, admitem discutir com os trabalhadores as formas de luta a adoptar.
Recorde-se que, em 2022, a EDP obteve um lucro de 679 milhões de euros, uma subida de 3% face ao ano anterior.