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Trabalhadores da Bosch cumpriram três dias de greve contra a discriminação

Por decisão dos trabalhadores, a greve de 24 horas na Bosch Car Multimédia, em Braga, acabou por ser prolongada até esta sexta-feira. Fortes níveis de adesão levaram à paragem do parque de máquinas.

Piquete de greve do 1.º turno à porta das instalações da Bosch, em Braga
Piquete de greve do 1.º turno à porta das instalações da Bosch, em BragaCréditos / SITE NORTE

A greve de três dias, inicialmente de 24 horas mas que acabou estendida até ontem por decisão dos trabalhadores, foi convocada pelo Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras, Energia e Actividades do Ambiente do Norte (Site Norte/CGTP-IN).

Em declarações ao AbrilAbril, Amélia Lopes, dirigente do Site Norte, afirmou que a greve manteve-se pŕoxima dos níveis de forte adesão registados na quarta-feira, que foram quase totais (97%) no primeiro turno das 8h. 

A dirigente salientou ainda que não houve qualquer resposta da administração da Bosch às reivindicações dos trabalhadores, motivo pelo qual os trabalhadores vão reunir futuramente para discutir a situação e possíveis novas formas de luta.

Em comunicado, o Site Norte explica que os trabalhadores há já algum tempo «manifestam a sua insatisfação, junto das chefias, pelas condições de trabalho que lhes estão a ser impostas», nomeadamente aos «ritmos excessivos de trabalho» e «pressão psicológica» derivados do regime em laboração contínua.

Em causa nesta greve esteve também a discriminação ​​​​​​entre trabalhadores, sobretudo sobre os mais novos, uma situação que se tem acentuado desde do fim da caducidade do contrato colectivo e que tem beneficiado a empresa.

Alguns exemplos consistem em diferenças entre trabalhadores no pagamento das horas nocturnas entre as 20h e 22h, no subsídio de turno pago a 25% a uns e apenas 10% a outros, bem como o complemento das horas noturnas acrescidas de 50% em vez de 75%. É ainda rejeitado que o sistema de avaliação seja contabilizado para o cálculo da actualização do salário base.

O sindicato refere ainda que, apesar de desempenharem funções permanentes, todos os novos trabalhadores admitidos para a Bosch são oriundos de empresas de trabalho temporário. É ainda afirmado que estes só passam, «após um ano, para o quadro de pessoal da Bosch se, aos olhos desta, se portarem bem, mas sempre com vínculo precário, mantendo-os assim, no mínimo, durante 3 anos».

Em 2017, a Bosch voltou a atingir novos valores recorde no que toca ao lucros e ao volume de vendas, que ultrapassaram os 1,5 mil milhões de euros. O Estado português  atribuiu também à empresa cerca de 100 milhões de euros, para a empresa realizar investimentos na produção.

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