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STAL: Governo não cumpre compromissos e ainda «cancela a reunião»

Os trabalhadores suspenderam a luta e o Governo PSD/CDS... não cumpriu os acordos com que se tinha comprometido. Já passou o prazo definido pelo executivo para apresentar uma proposta aos profissionais dos SMTUC.

Planério dos trabalhadores dos Serviços Municipalizados de Transportes Urbanos de Coimbra (SMTUC), organizados no STAL/CGTP-IN, decidem retomar as acções de luta depois de o Governo PSD/CDS-PP não cumprir com a sua palavra. 
Créditos / STAL

Vários dirigentes políticos, do PS, PSD, IL e Chega, criticaram a decisão dos trabalhadores da CP em avançar para uma greve em resposta às mentiras e incumprimentos do Governo PSD/CDS-PP. A verdade é que os trabalhadores dos Serviços Municipalizados de Transportes Urbanos de Coimbra (SMTUC) desconvocaram as acções de luta agendadas para Abril e o Governo, tal como fez com a CP, não cumpriu o que tinha prometido.

Chegados ao dia 18 de Maio, os trabalhadores não receberam nenhuma proposta do Governo para dar resposta às exigências dos trabalhadores, denuncia o Sindicato dos Trabalhadores da Administração Local (STAL/CGTP), em comunicado enviado ao AbrilAbril. Para além de ter faltado à sua palavra, o Governo chegou mesmo a cancelar a reunião agendada com o sindicato.

«Perante este adiar sistemático da solução dos problemas dos trabalhadores, estes decidiram retomar a luta já este mês com cinco dias de paralisação, entre segunda e sexta-feira da próxima semana», de 26 a 30 de Maio. A reunião do STAL e dos trabalhadores com o Ministério das Finanças, no dia 27, vai ditar se a acção de luta continua e, até, se se prolongará nos pŕoximos meses.

Os trabalhadores dos SMTUC vão estar concentrados em frente ao Ministério, em Lisboa, a partir das 10h, estão também «agendado um piquete de greve na madrugada do dia anterior (segunda, 26), junto à sede dos Serviços Municipalizados de Transportes Urbanos de Coimbra, no arranque da greve».

Presidente da Câmara Municipal de Coimbra (da coligação PSD/CDS-PP/NC/PPM/RIR e Volt) recusa-se a pagar o Suplemento de Penosidade e Insalubridade aos trabalhadores dos SMTUC

Para além da «recuperação das carreiras e da valorização dos motoristas/agentes únicos e dos mecânicos das oficinas», o Caderno Reivindicativo definido em conjunto pelos trabalhadores e pelo STAL reivindica «a melhoria das condições de trabalho; o aumento real dos salários e a actualização do subsídio de refeição; o direito a gozar, no mínimo, 25 dias de férias por ano, tal como os restantes colegas abrangidos pelo ACEP que o STAL assinou com a CM Coimbra e a atribuição do Suplemento de Penosidade e Insalubridade (SPI)».

O STAL lamenta que os trabalhadores só não recebam o SPI por decisão do presidente da Câmara Municipal de Coimbra (CMC), José Manuel Silva, que se «recusa a pagar» este suplemento por considerar que estes profissionais não são abrangidos pelo Decreto-Lei n.º 93/2021, de 9 de Novembro. «Contudo, comprometeu-se, junto do Governo, a encontrar uma solução para atribuição de um suplemento aos trabalhadores, situação que continua sem resolução».

Cientes do impacto desta acção de luta junto da população, o sindicato e os trabalhadores, realçam a sua disponibilidade passada para suspender, de boa vontade, as suas acções de luta. É evidente, neste momento, que a «inteira e exclusiva responsabilidade» desta greve é da administração dos SMTUC, da CMC e do Governo. São estes organismos «que insistem em não encontrar soluções para os problemas que há muito afectam gravosamente os trabalhadores».

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