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Ryanair pode estar a fazer «limpeza de trabalhadores que lutaram por direitos»

As cartas de rescisão dos tripulantes da Ryanair que rejeitaram a integração nos quadros com valores abaixo do salário mínimo nacional estão a ser devolvidas. Crewlink terá abandonado edifício em Lisboa. 

Edifício desocupado onde estava aparentemente sediada a Groundlink e a empresa de trabalho temporário Crewlink Portugal
Edifício desocupado onde estava aparentemente sediada a Groundlink e a empresa de trabalho temporário Crewlink Portugal CréditosMiguel A. Lopes / Agência Lusa

Em causa estão as rescisões por justa causa dos tripulantes da Ryanair, funcionários da Crewlink, que rejeitaram a integração nos quadros da companhia irlandesa com remunerações base abaixo do salário mínimo nacional. 

Tal como informou este mês Diogo Dias, dirigente do Sindicato Nacional de Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC), todos os tripulantes que recusaram a proposta «estão a resolver com justa causa o contrato, depois desta transferência que lhes está a ser oferecida», adiantando que irão avançar «com um processo colectivo contra a empresa, não só para a reintegração na empresa Ryanair», mas também para exigir o pagamento dos subsídios de Natal e de férias.

Confrontado com a devolução das cartas, o dirigente do SNPVAC afirmou à Lusa que tem conhecimento de «todas» as cartas enviadas para a Crewlink Portugal estarem a ser devolvidas, num total de 17, referentes a trabalhadores das bases de Ponta Delgada e Lisboa. Admitindo que cerca de 30 a 50 tripulantes no Porto possam também resolver o contrato por justa causa. 

O dirigente acrescentou que as cartas estão a ser enviadas tanto para a Irlanda (onde estão a ser devidamente recebidas) como para Portugal devido a «algumas dificuldades em localizar e entregar cartas» no passado e por uma questão de protecção legal. 

Questionado acerca da morada da empresa portuguesa, Diogo Dias afirmou que «nada foi comunicado» acerca de uma possível mudança ou abandono de instalações. A Crewlink também não se pronunciou acerca da morada da empresa em Portugal, mas a Lusa confirmou que o edifício, onde aparentemente estava sediada a Groundlink e a empresa de trabalho temporário Crewlink Portugal, estava desocupado. 

Entretanto, numa entrevista ao JN/Dinheiro Vivo, o director de Recursos Humanos da Ryanair recorreu ao argumento da redução de frotas em virtude do surto epidémico para admitir que a companhia aérea não vai ter trabalhadores com contratos temporários neste Inverno, dispensando assim os serviços da Crewlink.

O SNPVAC teme que a empresa vá colmatar esta situação com a vinda para Portugal de trabalhadores de bases estrangeiras e esteja a fazer uma «limpeza de trabalhadores que lutaram por direitos», recordando que perto de 90% dos tripulantes da Crewlink Portugal estavam há oito e nove anos na empresa, «como se fosse um falso recibo verde». 

Com agência Lusa

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