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Quinzena de luta em Chaves para abrir a porta dos melhores salários

Com a Associação da Hotelaria de Portugal a recusar negociar aumentos salariais desde 2009, há 16 anos consecutivos, os trabalhadores do sector da Hotelaria e Turismo de Chaves estão a levar a cabo uma quinzena de luta por melhores salários. 

Hotel Casino de Chaves 
Créditos / PokerNews

«Os preços dos quartos e da restauração duplicaram, mas os salários estagnaram. Os patrões têm ficado praticamente com todos os lucros obtidos». É assim que o Sindicato Dos Trabalhadores Da Indústria De Hotelaria, Turismo, Restaurantes e Similares do Norte classifica a situação de um sector marcado pela precariedade e baixos salários. 

É por este motivo, associado ao facto da Associação da Hotelaria de Portugal (AHP) recusar-se a negociar aumentos salariais há 16 anos consecutivos, que amanhã, a partir das 10 horas, os trabalhadores do sector da hotelaria vão continuar uma quinzena de luta e realizar visitas e contactos em hoteis, restaurantes, cafés e similares.

Pela parte da tarde, a partir das 14 horas, os mesmos trabalhadores realizarão a distribuição de um comunicado em inglês e português à porta do Hotel Casino de Chaves. A escolha do local prende-se com o facto da Solverde, detentora do estabelecimento, ter deixado de aplicar o Contrato Colectivo de Trabalho celebrado com a Associação Portuguesa de Hotelaria Restauração e Turismo e passou a aplicar outro celebrado entre a AHP e a UGT. 

Este outro Contrato Colectivo de Trabalho retirou direitos aos trabalhadores, nomeadamente a não progressão na carreira, o não vencimento de diuturnidades, ou a não actualização devido do prémio de línguas. Com isto, a Solverde conseguiu manter baixos salários e meter os trabalhadores a trabalharem por turnos ao fim-de-semana. 

Será à porta do Hotel Casino de Chaves que, pelas 15 horas, será dada uma conferência de imprensa com o objectivo de denunciar a situação e também o facto do Governo ainda não ter iniciado o concurso público da Zona de Jogo de Vidago instalada em Chaves. De acordo com o sindicato, a falta de acção do Executivo tem deixado os trabalhadores apreensivos quanto ao futuro dos postos de trabalho.
 

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