Em diversas lojas Pingo Doce do Distrito de Lisboa está a verificar-se «um grande aumento no número de trabalhadores infectados» com a COVID-19, alerta o Sindicato dos Trabalhadores do Comércio e Serviços (CESP/CGTP-IN), que está preocupado com a forma como, em algumas lojas, a empresa está a reagir.
Até agora e em regra, afirma o CESP, os trabalhadores infectados e aqueles que com eles tinham estado em contacto directo eram colocados em isolamento profiláctico, mas esse procedimento, segundo o sindicato, não estará a ser cumprido em todos os casos.
Numa das lojas do Pingo Doce em Lisboa a realização de testes confirmou a existência de trabalhadores infectados na mesma secção e a direcção de loja, denuncia o CESP, «não tomou quaisquer medidas extraordinárias», limitando-se a «deslocar trabalhadores de uma secção para outra sem qualquer desinfecção prévia, colocando em risco não só os trabalhadores da loja, mas também os clientes».
Pior foi, no mesmo local de trabalho, ter sido entregue aos trabalhadores, para estes o assinarem, um documento que os obriga «a não divulgarem, sob qualquer circunstância», o que se passou, caso contrário iriam «sofrer consequências».
A gravidade da situação levou o sindicato a enviar um ofício à empresa, do qual aguarda resposta.
O número crescente de trabalhadores infectados nos diferentes locais de trabalho da empresa, segundo o CESP, exige que o plano de contingência seja revisto para implementação em todas as lojas e armazéns de medidas de salvaguarda dos trabalhadores e dos clientes das lojas Pingo Doce (ver caixa).
O CESP encontra-se pronto e disponível para «reunir com a empresa no sentido de agilizar» os «processos de alteração aos planos de contingência» e a «tomada de medidas concretas».
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