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Operadores de Call Center exigem melhores condições

Os trabalhadores da Manpower, a laborar no call center da EDP em Seia, estiveram esta terça-feira em greve por melhores condições de trabalho. Em Setúbal, também houve greve na Teleperformance.

Foto de arquivo: trabalhadores concentraram-se em protesto à porta do Contact Center da EDP, em Seia
Foto de arquivo: trabalhadores concentraram-se em protesto à porta do Contact Center da EDP, em SeiaCréditos / Fiequimetal

Os 600 trabalhadores do call center da EDP, em Seia, distrito da Guarda, contratados através da empresa de «prestação de serviços» Manpower Group Solutions, realizaram ontem uma greve de 24 horas, com uma adesão de 75%.

De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras, Energia e Actividades do Ambiente do Centro-Norte (SITE CN/CGTP-IN), foi ainda realizada uma concentração de manhã junto à entrada das instalações.

Os trabalhadores exigem melhores salários e um vínculo directo e estável, contrário ao actual precário, apesar de desempenharem funções permanentes para a EDP. Para 2018, defendem que os salários, entre os 580 e os 625 euros, devem ser aumentados para os 603 e os 633 euros, respectivamente.

Segundo o SITE-CN, «a EDP apresentou mais de mil milhões de euros de lucros em 2017 e, com a sua política de recurso a empresas de "prestação de serviços", é a principal responsável pelos baixos salários praticados» e pela instabilidade laboral. Face ao problema, afirma que, «tal como em situações semelhantes noutras regiões, estes 600 trabalhadores devem ser trabalhadores da EDP».

Greve na teleperformance de Setúbal

 Os trabalhadores do call center da Teleperformance também estiveram ontem em greve, das 15 às 18h, para exigirem melhores salários, o fim dos vínculos precários e da repressão patronal.

Em nota, a União de Sindicatos de Setúbal (USS/CGTP-IN) diz estar solidária com «a luta destes trabalhadores na exigência das suas justas reivindicações, apelando desde já à unidade» por melhores condições de vida e de trabalho.

Os cerca de 200 trabalhadores exigem o direito à progressão salarial e salários-base acima do salário mínimo nacional para todos, o fim dos vínculos precários, através da empresa de trabalho temporário Emprecede, como da repressão e da discriminação na atribuição dos subsídios de assiduidade entre trabalhadores.

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