As greves deste domingo e segunda-feira juntam-se aos onze dias de paralisação já realizados pelos trabalhadores do Hotel Casino de Chaves, da Solverde, nos últimos seis meses.
Em causa estão aumentos salariais e melhores condições de trabalho, bem como a defesa do direito ao diálogo e à negociação da contratação colectiva, referiu o Sindicato da Hotelaria do Norte (CGTP-IN) na sua página de Facebook, ao dar conta da concentração realizada no domingo à porta do casino.
Em contacto telefónico com o AbrilAbril, o dirigente sindical Francisco Figueiredo afirmou que a adesão total ao protesto em ambos os dias «levou ao encerramento de todas as bancas de jogo».
Informou ainda que, face à «intransigência total da empresa», o sindicato decidiu requerer uma reunião ao Ministério do Trabalho e à Câmara Municipal de Chaves.
A empresa que gere o Casino de Chaves, a Solverde, fez saber que vai passar a pagar os feriados a 200% e que vai aumentar alguns trabalhadores, mas, além de «não haver nada de oficial, trata-se de valores insuficientes», frisou Francisco Figueiredo.
A maioria dos trabalhadores recebe apenas o salário mínimo nacional e a Solverde não paga subsídio nocturno ou subsídio de turno aos trabalhadores do jogo que trabalham por turnos e aos sábados e domingos, destacou ainda o dirigente sindical.
Para além dos aumentos salariais e das melhores condições de trabalho, os trabalhadores do Hotel Casino de Chaves lutam pela actualização do subsídio de alimentação, do prémio de línguas e do abono de falhas, e pelo pagamento de subsídio de turno, revelou a organização sindical em comunicado.
Batem-se igualmente pelo pagamento do trabalho em dia feriado com um acréscimo de 200%, a actualização das diuturnidades, a redução do horário de trabalho para as 35 horas, 25 dias úteis de férias e a valorização das carreiras profissionais.
Exigem respeito pelos direitos dos trabalhadores, o direito ao diálogo e à negociação, e a celebração de um acordo de empresa.
O Grupo Solverde, que detém quatro hotéis, explora os casinos de Chaves, Vilamoura, Algarve, Monte Gordo e Espinho.
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