«Os salários da maioria dos trabalhadores (até 1850 euros) vão ter, com efeitos a Janeiro de 2023, aumentos entre 65,50 euros e 71,50 euros (incluindo a actualização dos valores dos subsídios de refeição, de função e de insalubridade)», anunciou, em comunicado, a Comissão Intersindical da Fiequimetal na empresa.
Os trabalhadores da ThyssenKrupp Elevadores afirmam estar dispostos a avançar com «formas de luta» futuras, caso esta insista nas negociações em horários mais penosos a troco de aumentos salariais. O aviso é deixado em comunicado, assinado por várias estruturas sindicais que estão presentes nas negociações, afectas à Federação Intersindical das Indústrias Metalúrgicas, Químicas, Elétricas, Farmacêutica, Celulose, Papel, Gráfica, Imprensa, Energia e Minas (Fiequimetal/CGTP-IN). No documento, os representantes dos trabalhadores afirmam que «podem ser anunciadas formas de luta na Thyssenkrupp Elevadores», mas deixam a ressalva que ainda esperam «soluções para responder ao caderno reivindicativo», na reunião de hoje com a administração. Em causa está a resposta da Thyssenkrupp Elevadores ao caderno reivindicativo dos trabalhadores, que tocou só num ponto, nos aumentos salariais para 2019. Tal proposta, de 30 euros até salários de mil euros e de 15 euros para os seguintes, pressupõe a aceitação geral de novos horários de trabalho que são consideravelmente «mais penosos». «Mediante o cumprimento consecutivo dos objectivos de milhões de lucro colocados pela direcção, ano após ano, entendemos esta proposta como escassa, pouco ambiciosa e em nenhuma forma compensatória aos trabalhadores pelos bons resultados da empresa», lê-se. Além disso, as estruturas sindicais lembram que a «criação de novos horários de trabalho, à revelia dos trabalhadores», além de ilegal, irá gerar «um clima de conflito generalizado, cuja responsabilidade é exclusiva da direcção da empresa». Entre as reivindicações, os trabalhadores da Thyssenkrupp Elevadores exigem aumentos salariais, a redução da discriminação salarial, o enquadramento das categoriais profissionais em níveis com progressão bem definida, assim como melhores horários que permitam a conciliação do trabalho com a vida pessoal. Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz. O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença.Trabalho|
Trabalhadores da ThyssenKrupp rejeitam chantagem
Contribui para uma boa ideia
A Federação Intersindical das Indústrias Metalúrgicas, Químicas, Eléctricas, Farmacêutica, Celulose, Papel, Gráfica, Imprensa, Energia e Minas (Fiequimetal/CGTP-IN) considera que a elevada participação dos trabalhadores nos plenários realizados em Janeiro foi determinante para o resultado obtido.
Para além dos aumentos já para 2023, ficou prevista a renegociação do salário-base caso a inflação anual, no final do ano, seja superior a 5%. Em Junho começam também as negociações para os restantes pontos do caderno reivindicativo com a TK Elevator (antiga Thyssenkrupp Elevator).
A comissão sindical destaca ainda a introdução da 5.ª diuturnidade, no valor de 34 euros, a vigorar a partir de 2024, uma antiga reivindicação dos trabalhadores do sector de fabricação de material eléctrico e electrónico.
Contribui para uma boa ideia
Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz.
O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença.
Contribui aqui