O tema da reunião entre diversas associações e o secretário de Estado da Defesa Nacional (SEDN), realizada na passada terça-feira, foi a valorização salarial. Entretanto, a Associação de Praças (AP), no seu comunicado, contesta a nota do Ministério da Defesa Nacional à comunicação social, segundo a qual o «Governo apresentou às associações uma resposta justa e equilibrada». Considera a AP que «não pode ter existido uma resposta quando a Associação de Praças não colocou nenhuma pergunta, por desconhecer qualquer proposta para valorização salaria».
A AP sublinha que o valor de 52,11 euros de aumento para o ano de 2023, para os vencimentos até 2600 euros, «aqueles que irão ser aplicados às Praças das Forças Armadas, são injustos e totalmente desequilibrados». Denuncia, por outro lado, o que considera ser «jogos de palavras» por parte do SEDN, afirmando que «não existiu qualquer negociação com vista à revisão salarial dos militares das Forças Armadas».
Na reunião da passada terça-feira, para além das associações profissionais de militares (APM) – AOFA, ANS e AP – estiveram também presentes outras associações, nomeadamente, a Associação de Militares na Reserva e Reforma. As APM, que apesar de não serem sindicatos reclamam o estatuto de parceiro social, assumem a reunião como «um logro» face à decisão unilateral do Governo no que se refere ao valor dos aumentos salariais, considerando a redução do poder de compra que continuará a atingir os militares.