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Nacionalização da Groundforce é única saída

A comissão de trabalhadores considera que a nacionalização é a «única hipótese» de salvaguardar os empregos e marcou nova manifestação para quarta-feira, frente à residência oficial do primeiro-ministro.

Trabalhadores da Groundforce manifestaram-se em frente à Assembleia da República, em Lisboa, a 8 de Março de 2021, para exigirem o salário em atraso, no mesmo dia em que se soube que o accionista maioritário da empresa tinha as acções penhoradas noutro negócio
Trabalhadores da Groundforce manifestaram-se em frente à Assembleia da República, em Lisboa, a 8 de Março de 2021, para exigirem o salário em atraso, no mesmo dia em que se soube que o accionista maioritário da empresa tinha as acções penhoradas noutro negócioCréditosANDRÉ KOSTERS / LUSA

«Consideramos que a única solução para segurar a empresa e salvaguardar os postos de trabalho é a nacionalização, sendo que só o senhor primeiro-ministro poderá resolver a situação», lê-se num comunicado enviado por aquela estrutura aos trabalhadores, depois de uma reunião com o ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos.

Na reunião de segunda-feira, o ministro informou a comissão de trabalhadores (CT) e os sindicatos que representam os trabalhadores da Groundforce de que as acções da Pasogal, que detém 50,1% da empresa, já estão penhoradas, não podendo ser dadas como garantia para receber um adiantamento da TAP de cerca de dois milhões de euros, para pagar os salários aos 2400 trabalhadores, que já não receberam os ordenados de Fevereiro.

Esta informação foi dada por Alfredo Casimiro, dono da Pasogal, ao fim de vários dias de negociações com o Ministério das Infraestruturas, em que concordou ceder as acções como garantia para viabilizar a empresa.

Os órgãos representativos dos trabalhadores ficaram também a saber na reunião que o Governo «não descarta medidas para salvar a continuidade da empresa, mas também não descarta a insolvência» e que, sem a garantia da entrega das acções, não poderá haver injecção de capital.

Neste contexto, a CT decidiu marcar uma nova manifestação, na quarta-feira de manhã, desta vez em frente à residência oficial do primeiro-ministro, em Lisboa.

A CT também já esteve reunida com os grupos parlamentares do PCP, BE, PS, PAN e a deputada não-inscrita Joacine Katar Moreira, que se comprometeram «a questionar os órgãos governamentais sobre os salários e a manutenção da Groundforce».

Por sua vez, os sindicatos opõem-se igualmente a um cenário de insolvência, para o qual, dizem, o Governo «aponta insistentemente», recordando, numa mensagem aos seus associados, «que a SPdH/Groundforce é uma empresa sustentável, sem nenhum problema estrutural, que foi afectada pela pandemia Covid-19 e, portanto, terá que ter uma solução da qual o Estado não se pode demitir, até porque é accionista, via TAP SGPS, em 49,9%».

Na missiva assinada pelo Sindicato das Indústrias Metalúrgicas e Afins (SIMA), Sindicato Nacional dos Trabalhadores Da Aviação Civil (SINTAC), Sindicato dos Trabalhadores da Aviação e Aeroportos (SITAVA), Sindicato dos Quadros da Aviação Comercial (SQAC) e Sindicato dos Técnicos de Handling de Aeroportos (STHA), as estruturas lembram, ainda, «os 43 milhões de lucros que a empresa apresentou de forma sustentada entre 2013 e 2019, divididos por ambos os accionistas», e que, também por isso, «o Governo não pode deixar cair esta empresa e lançar 2400 trabalhadores para o desemprego».


Com agência Lusa

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