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Greve nas cantinas com adesão significativa

Os trabalhadores das cantinas, refeitórios e bares concessionados no público e no privado realizaram uma greve com uma adesão significativa para reivindicar melhores salários e condições de trabalho.

Trabalhadores das cantinas, refeitórios e bares concessionados num protesto em frente às instalações da empresa Sogenove, na Maia
Trabalhadores das cantinas, refeitórios e bares concessionados num protesto em frente às instalações da empresa Sogenove, na MaiaCréditos / AbrilAbril

A Federação dos Sindicatos da Agricultura, Alimentação, Bebidas, Hotelaria e Turismo de Portugal (Fesaht/CGTP-IN) convocou esta greve que se realizou ontem e Francisco Figueiredo, dirigente da federação, informa que em cerca de 200 unidades houve uma adesão superior a 70%.

O dirigente sindical acrescenta que mais de 100 cantinas encerraram e que dezenas de hospitais tiveram adesões de 100%, em que só foram praticados os serviços mínimos.

A federação sindical pediu uma reunião urgente à associação patronal AHRESP (Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal), que avançou com um «vergonhoso acordo» com a UGT, que é «lesivo dos interesses dos trabalhadores».

Este novo contrato impõe um aumento salarial de apenas 2%, insuficiente na perspectiva da federação, uma vez que os trabalhadores não vêm aumentos desde 2010 e, no somatório dos últimos sete anos, a inflação foi de 9%. A estrutura sindical defende como justo um aumento de 40 euros.

O sindicalista explica que o congelamento dos salários nos últimos sete anos ditou que cerca de 70% destes trabalhadores - que na altura ganhavam acima do salário mínimo - hoje aufiram o salário mínimo.

No novo contrato acordado, este aumento de 2% tem contrapartidas que a federação denuncia. O acordo reduz para metade o pagamento dos feriados, deixa de pagar o subsídio nocturno das 20 às 24h, passa a dar apenas um dia de folga, impõe um banco de horas, horários concentrados e um regime de 12 horas diárias.

Para além disto, cria a categoria de assistente de restauração - «o faz-tudo» - que «alarga as transferências de local de trabalho» e «põe em causa a segurança alimentar».

Francisco Figueiredo também informou o AbrilAbril de um pedido de reunião da Fesaht com o ministro da Educação tendo em conta as ilegalidades que se passaram em muitas escolas. O sindicalista dá conta de que apenas cinco escolas estiveram encerradas e que ocorreram situações como pressão das direcções para que os trabalhadores não fizessem greve, a responsabilização dos pais para que os alunos tivessem a refeição ou o facto de se terem servido sandes e sumos.

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