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Greve na Super Bock contra aumento zero

Os trabalhadores da fábrica da Super Bock em Matosinhos vão fazer greve contra a política de aumento salarial zero da mesma administração que distribuiu 40 milhões de euros aos accionistas.

Créditos / CGTP-IN

Os trabalhadores da Super Bock Bebidas estarão em greve nos próximos dias 8 e 9 de Junho, face à indisponibilidade da empresa para negociar aumentos salariais ou quaisquer outras alterações que melhorem os rendimentos dos trabalhadores, anuncia o Sindicato dos Trabalhadores da Agricultura e das Indústrias de Alimentação, Bebidas e Tabacos de Portugal (Sintab/CGTP-IN).

A irredutibilidade da administração é tanto mais chocante quanto, segundo o Sintab, distribuiu mais de 40 milhões de euros em dividendos pelos seus dois accionistas, no presente ano.

A acção de luta foi decidida em plenário realizado no passado dia 28 de Maio, «dando tempo suficiente à empresa para a evitar, o que até hoje não aconteceu», faz notar o Sintab.

O início da greve, informa o sindicato, será marcado por uma acção de denúncia e protesto em frente à fábrica e sede da Super Bock Bebidas, em Leça do Balio, Matosinhos, que se iniciará às 8h e se prolongará por toda a manhã.

Os trabalhadores organizarão um mega piquete de greve seguido de uma conferência de imprensa dada pelos sindicatos e pela Comissão de Trabalhadores.

Greve ao trabalho suplementar prossegue

Entretanto, também a greve às horas suplementares nos fins-de-semana e feriados prossegue no próximo dia 10 de Junho.

Em Junho de 2020, a pretexto da pandemia, a Super Bock propôs o fim do acordo de laboração contínua na área fabril, causando «uma perda substancial de rendimentos» aos trabalhadores, como na altura foi denunciado (ver caixa).

Na altura, os trabalhadores abrangidos por esse acordo (cerca de metade dos trabalhadores da empresa) optaram por marcar greve para os fins-de-semana e feriados, a fim de ficarem devidamente salvaguardados e não serem obrigados a trabalhar sem receber.

A denúncia do acordo de laboração contínua não eliminou a necessidade deste recurso para a empresa, que impôs a sua retoma por menos salário, tal como os trabalhadores previam. Estes não aceitam a situação e estão a praticar as 39 horas semanais estipuladas na contratação colectiva.

Deste então, assinala o Sintab, a administração tem levado a cabo «inúmeras tentativas de divisão» entre trabalhadores, «com propostas pontuais e em determinados sectores». Não o tendo conseguido, passou a desferir «ataques à Comissão de Trabalhadores, na tentativa de a descredibilizar», sem o conseguir, como se pode ver pelo prosseguimento da luta.

O Sintab acusa a administração da Super Bock Bebidas de «inúmeras violações à lei da greve», detectadas pelos piquetes de greve às horas suplementares, que o sindicato se propõe denunciar às autoridades competentes.

Refere a substituição de trabalhadores em greve por outros com contrato de trabalho temporário, completamente fora do âmbito do motivo justificativo desses contratos, a transferência pontual de posto de trabalho dos trabalhadores escalados para o fim-de-semana, e o envio semanal de dezenas de cisternas de cerveja para enchimento na concorrência.

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