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Greve na Nobre por nobres razões

Após o anúncio de greve marcada para o sector das carnes, os trabalhadores da Nobre acompanharão a greve de 11 de Setembro, segundo o SINTAB. Aumentos salariais são reivindicados na medida em que trabalhadores não são carne para canhão. 

Fábrica da Nobre em Rio Maior, que desde 2008 está integrada na Campofrio Food Group
Fábrica da Nobre em Rio Maior, que desde 2008 está integrada na Campofrio Food GroupCréditos / Coberaço

Em nota enviada à comunicação social, o SINTAB informou que os trabalhadores da Nobre Alimentação irão juntar-se à greve sectorial das carnes que se irá realizar no próximo dia 11 de Setembro de 2023.

Segundo o sindicato esta será a quinta greve este ano na empresa, o que representa uma consolidação do patamar de luta e consciência dos trabalhadores. Para os trabalhadores é necessário dar mais um passo na magnitude da ação reivindicativa já que a empresa tem ignorado todas as reivindicações, mesmo depois das declarações de solidariedade dos trabalhadores das restantes fábricas do grupo na Europa.

Os trabalhadores exigem aumentos salariais que de forma a manter a sua capacidade económica, e das suas famílias, face à enorme inflação de preços dos últimos anos. Além disso, exigem a manutenção da perspetiva de carreira, e valorização das suas funções, que se perderam com a caducidade da contratação colectiva, promovida pelos patrões do sector, com o apoio do Governo, que bloqueia o processo de negociação há, pelo menos, 5 anos.

Para o SINTAB, a greve e acção de protesto do dia 11 de Setembro servirá como alavanca para a campanha reivindicativa sectorial que o SINTAB está a preparar para todo o sector das carnes de norte a sul do país, de forma a demonstrar que o ataque à contratação colectiva continua a ser um trabalho de cooperação entre o Governo e os patrões, contra os trabalhadores, os seus salários, os seus direitos, e as suas condições de trabalho.
 

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