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Greve na CP e IP exige «outra via» para o sector

A adesão de uma grande maioria dos trabalhadores destas empresas à greve desta quinta-feira vem dar força às reivindicações de valorização salarial e de uma nova política para o sector ferroviário.

CréditosManuel de Almeida / Lusa

Nas concentrações hoje realizadas em Lisboa e Porto, os trabalhadores aprovaram uma resolução em que reivindicam respostas às propostas apresentadas às respectivas administrações.

Estas concentrações decorreram durante o dia de greve que, segundo fonte sindical, regista uma «forte adesão» dos trabalhadores da CP, IP e empresas afiliadas, e que está a provocar perturbações no normal funcionamento das empresas.

Em comunicado divulgado, a Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações (Fectrans/CGTP-IN) afirma que «a esmagadora maioria dos trabalhadores está a aderir à greve, como se vê pelo encerramento de estações, bilheteiras e muitos serviços de atendimento ao público», registando-se ainda supressões de comboios ou a redução dos seus percursos.

A estrutura sindical sublinha também que se registam adesões de 90% nas oficinas da CP, o que paralisou um sector que «tem sido objecto de muita propaganda do Ministério/Governo, quebrando assim a programação de recuperação, conservação e manutenção de material circulante».

Desta forma, os trabalhadores demonstraram que querem «outra via para este sector», a da negociação colectiva para a valorização dos seus salários, das suas profissões e resolução dos conflitos laborais, afirma a Fectrans.

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