A greve de 24 horas abrange cerca de 50 trabalhadores contratados pela Eurest, que durante a manhã de hoje realizaram também uma concentração de protesto à porta do Hospital de Penafiel, de forma a denunciar publicamente a situação.
O coordenador do Sindicato de Hotelaria do Norte (CGTP-IN), Francisco Figueiredo, afirmou ao AbrilAbril que a greve teve uma adesão total, tendo sido cumpridos todos os «serviços mínimos necessários aos doentes acamados».
O dirigente denunciou que a empresa tentou impedir a formação do piquete de greve, mas «este acabou por entrar nas instalações e exerceu as funções que a lei lhe confere». Nesse sentido, acrescentou terem tomado conhecimento que houve outros trabalhadores que deram entrada, apesar de «não estarem no seu horário de trabalho, o que representa uma violação da lei da greve».
Em causa estão os baixos salários e a precariedade promovida pela Eurest, em que cerca de 50% dos trabalhadores naquela unidade têm vínculos précários, apesar de ocuparem postos de trabalho efectivos.
Além disso, apesar de já ter sido condenada várias vezes nos tribunais, inclusive pelo Supremo Tribunal de Justiça, o dirigente salientou que a Eurest «continua a não pagar devidamente o trabalho prestado em dia feriado e não paga a muitos trabalhadores o subsídio nocturno das 20h às 22h». Ambos estão previstos no contrato colectivo de trabalho.
Outro ponto de contenção, de acordo com o Sindicato de Hotelaria do Norte, passa pela discriminação entre trabalhadores no que toca a remunerações e as «muitas situações de trabalhadores que não estão classificados nem são remunerados de acordo com as funções que exercem».
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