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Greve dos trabalhadores de arqueologia da DGPC com adesão de 70%

Os trabalhadores de arqueologia da Direcção-Geral do Património Cultural (DGPC) estão em greve esta terça-feira em protesto contra a «situação de ruptura ao nível dos recursos humanos» na instituição.

Piquete de greve dos trabalhadores de Arqueologia da DGPC, 23 de Abril de 2019
CréditosTIAGO PETINGA / LUSA

Durante a manhã, dezenas de trabalhadores participaram no piquete de greve junto às futuras instalações do Centro Nacional de Arqueologia Náutica e Subaquática (CNANS), em Lisboa, que coincidiu com a apresentação do mecanismo financeiro EEA Grants para a Cultura, onde participou a ministra da Cultura, Graça Fonseca.

A greve em curso foi convocada pelo Sindicato dos Trabalhadores de Arqueologia (STARQ/CGTP-IN), que avançou com uma adesão de 70% ao protesto, com vista a exigir a contratação imediata de mais pessoal para preencher os 49 lugares em falta e que têm levado a uma «situação de ruptura no sector da arqueologia» da DGPC.

Em comunicado, o STARQ afirma que a instituição e o Ministério da Cultura têm demonstrado «indiferença» perante a «grave situação» que é o problema do défice de recursos humanos na DGPC, sobretudo após terem só proposto nas negociações a criação de quatro postos de trabalho para a arqueologia até ao final de 2019.

«Não há capacidade de resposta, mas não queremos fazer mais horas extraordinárias, queremos um reforço dos recursos humanos», afirmou à agência Lusa o presidente do STARQ, Regis Barbosa.

O sindicato frisa que existe uma clara «desproporção entre o volume de trabalho e o número de trabalhadores que o asseguram, situação que impossibilita quer a qualidade do trabalho, quer o cumprimento de prazos», e que provoca uma sobrecarga diária que leva «à necessidade sistemática de efectuar trabalho fora do horário de trabalho, sem qualquer remuneração extraordinária».

«Os trabalhadores estão exaustos, pois há diversos anos que suportam o aumento do volume de trabalho, por militantismo e amor à Arqueologia», sublinha o STARQ, o qual frisa ainda que os trabalhadores se «recusam a continuar a assegurar o serviço à custa do seu trabalho escravo».


Com agência Lusa

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