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Greve dos médicos «com forte adesão»

Os médicos estão esta quarta-feira em greve, tendo em conta que as negociações com o Ministério da Saúde foram até agora «insuficientes». Em causa estão várias exigências, entre as quais a de menos utentes por cada médico de família e a imposição do limite de 12 horas de trabalho em serviço urgência.

Médicos exigem a reposição de enquadramentos laborais que existiam antes da troika
Médicos exigem a reposição de enquadramentos laborais que existiam antes da troikaCréditosInácio Rosa / Agência Lusa

Os sindicatos médicos que promovem a greve que decorre desde a meia noite de hoje revelaram que a adesão ao protesto é maior do que a registada nos anteriores e mostraram-se disponíveis a novas formas de luta.

Frente ao hospital de São José, em Lisboa, o secretário-geral do Sindicato Independente dos Médicos (SIM), Jorge Roque da Cunha, sublinhou a «forte adesão», a qual espelha «o descontentamento» dos profissionais.

O dirigente sindical afirmou que são «muitos» os hospitais com salas fechadas, em alguns casos na totalidade, como no caso de São José, acrescentando que também nas consultas a adesão deverá ser superior a 70%.

A Federação Nacional dos Médicos (FNAM) e o SIM, tendo considerado insuficientes os desenvolvimentos das negociações com o Ministério da Saúde, convocaram greves regionais, decorridas a Norte, no dia 12 de Outubro, e a Sul, no dia 25 de Outubro, e a paralisação nacional realizada esta quarta-feira.

Numa das últimas reuniões, o Ministério da Saúde anunciou ter sido acordada uma das reivindicações sindicais, a redução de 200 para 150 horas anuais obrigatórias de trabalho suplementar a partir de Janeiro do próximo ano.

No entanto, ainda estão em causa várias reivindicações dos médicos. Medidas como a redução da lista de utentes por médico de família, que actualmente se situa nos 1900 utentes por médico, pretendendo regressar progressivamente a um máximo de 1550, ou a imposição de um limite de 12 horas de trabalho em serviço de urgência, com a anulação das actuais 18 horas semanais.

O dirigente da FNAM, Mário Jorge Neves, depois da convocação das greves, afirmava que se tratava «da reposição de enquadramentos laborais que existiam antes da troika e cujo término estava previsto para 2015», lamentando os transtornos para os doentes, mas afirmando que as reivindicações dos médicos são também para beneficiar os utentes.

Médicos exigem melhores condições

No pré-aviso de greve, o Sindicato dos Médicos do Norte, o Sindicato dos Médicos da Zona Centro e o Sindicato dos Médicos da Zona Sul apontam ainda a reivindicação da reposição do pagamento integral das «horas incómodas» e o «desencadeamento imediato do processo de revisão da carreira médica e das respectivas grelhas salariais».

Acrescentam a «abertura imediata dos vários concursos de progressão na carreira médica, bem como os concursos de mobilidade e de provimento abertos», a «revisão urgente do enquadramento legal do internato médico e a redefinição do regulamento da prestação do trabalho em serviço de urgência».

Defendem ainda, entre outras questões que perfazem 25 pontos, «a diminuição da idade de reforma para os médicos, como profissão sujeita a elevados níveis de risco, penosidade e desgaste», assim como a atribuição de incentivos às unidades de cuidados de saúde personalizados nos cuidados primários de saúde, «num modelo que tenha em conta a experiência adquirida com as Unidades de Saúde Familiar e que não discrimine aquele sector laboral de médicos de família».

Numa nota publicada na sua página, a CGTP-IN «reafirma a solidariedade à greve dos médicos e às suas organizações sindicais e apela ao povo português para apoiar esta luta que sendo dos médicos é, simultaneamente, de todos os que defendem a melhoria do Serviço Nacional de Saúde».

Com agência Lusa

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