A Frente Comum dos Sindicatos da Administração Pública (CGTP-IN) esteve reunida esta manhã com o Governo, no Ministério da Modernização do Estado e da Administração Pública, em Lisboa, no âmbito da primeira ronda de reuniões para a negociação colectiva geral anual.
«O Governo não tem proposta de aumento salarial para 2021 concreta», afirmou aos jornalistas o coordenador da Frente Comum, Sebastião Santana, acrescentando que, no que diz respeito às questões gerais do documento que o Executivo hoje lhes entregou, há «divergências à partida».
«Saímos daqui com a sensação de que vamos ter que lutar por esses aumentos e lutaremos, com certeza», sublinhou Sebastião Santana.
Segundo o dirigente sindical, a proposta do Governo inclui um reforço de 8400 trabalhadores para o sector da saúde e de 1000 técnicos superiores. A Frente Comum considerou a proposta «manifestamente insuficiente» porque não satisfaz a necessidade dos serviços da Administração Pública. A estrutura sindical adiantou, ainda, que a proposta do Governo fala também em deslocalização de trabalhadores para o Interior.
A Frente Comum vai agora analisar o documento que recebeu hoje e reúne na sexta-feira o órgão máximo da estrutura sindical, para tomar uma posição sobre a proposta do Governo.
As actualizações anuais dos salários na Função Pública foram retomadas em 2020, após dez anos de congelamento, com aumentos generalizados de 0,3%, mas o Governo já admitiu que, devido ao surto epidémico de Covid-19, poderá não ser cumprido o compromisso anteriormente assumido de acréscimos de 1% em 2021.
Contribui para uma boa ideia
Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz.
O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença.
Contribui aqui