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|salários em atraso

Global Media: Administração informa trabalhadores que não pagará salários de Dezembro

A falta de respeito do patronato continua e tem novo capítulo. Depois de atrasos nos salários e no subsídio de Natal, depois de ameaças de despedimento colectivo e do convite à saída, agora a administração da Global Média informa que não pagará salários. 

CréditosEstela Silva / Lusa

Na altura dos lucros as administrações dividem-nos entre os accionistas e igualmente privatizados são os louros. O regozijo pela acumulação de capital é acompanhado de odes a um alegado brilhantismo na gestão de uns poucos que se sentam em confortáveis cadeiras almofadadas no conforto de uma ampla sala de um escritório.

Na altura dos prejuízos dá-se a socialização dos mesmos. Os que outrora puxavam para si todos os méritos e mais alguns, nos tempos de aperto descobrem no seu léxico, numa primeira fase, palavras que apelam ao colectivo. De repente surge o ideal de partilha de sacrifícios que são vendidos como se iguais fossem para todos quando não o são. 

Os que estiveram sempre a acumular capital estão bem com a privação momentânea, na medida em que criaram as condições para de nada se privarem. Os que vivem do seu trabalho, têm filhos, casa e contas para pagar vêem nessa privação o avolumar de dificuldades. 

Este é o retrato da Global Media, a empresa detida por um fundo abutre com sede num paraíso fiscal. A história tem sido atribulada, o clima no grupo está longe de ser o mais calmo. Entre salários em atraso, ilegalidades no modelo de pagamento do subsídio de Natal, ameaças de despedimento e convites a demissões, quando parecia que pior não podia ficar, eis que piorou. 

A administração da Global Media informou os trabalhadores que não pagará os salários de Dezembro. A justificação é velha e tem sido a mesma que tem justificado todo o ataque a quem trabalha: «não existirem, à data de hoje, condições que permitam o pagamento dos salários deste mês», segundo o que se pode ler num comunicado interno.

O patronato responsabiliza o Estado pelo «inesperado recuo» «no negócio já concluído para a aquisição das participações que o grupo possui na agência Lusa», por «uma “injustificada suspensão da utilização de uma conta caucionada existente no Banco Atlântico Europa há cerca de 6 anos».

Sobre a «delicada» situação do grupo empresarial, ainda ontem, talvez já antevendo todo o tipo de dificuldades, Comissão de Trabalhadores da TSF lançou uma  nota dando conta que «o plenário dos trabalhadores decidiu, por unanimidade, recomendar aos trabalhadores a suspensão dos trabalhos extra que fazem para a TSF, caso estes trabalhos não sejam pagos até dia 15 de Janeiro» e pediu ainda acesso à contas da empresa. 

Ainda na semana passada, o Conselho de Redação da TSF acusou a administração da Global Media de «ingerência» pela suspensão de «todos os programas» com participação de colaboradores externos».

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