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Trabalhadores ganham menos do que ganhavam há dez anos

Fim-de-semana de greve com perturbações nos aeroportos

A greve de dois dias dos assistentes de portos e aeroportos (APA), que termina hoje, está a ter uma adesão «bastante satisfatória», diz o sindicato. A ANA – Aeroportos confirma atrasos e «filas maiores que o normal».

Passageiros observam os horários de partida dos vários voos no Aeroporto de Lisboa, no dia em que termina a greve de 48 horas dos trabalhadores vigilantes aeroportuários. 25 de Junho de 2017
Passageiros observam os horários de partida dos vários voos no Aeroporto de Lisboa, no dia em que termina a greve de 48 horas dos trabalhadores vigilantes aeroportuários. 25 de Junho de 2017CréditosTiago Petinga / Agência LUSA

Esta manhã, os trabalhadores estiveram concentrados nos aeroportos de Lisboa e do Porto e, em declarações à imprensa, vários APA sublinharam que hoje ganham menos do que ganhavam há dez anos.

O dirigente do Sindicato dos Trabalhadores da Aviação e Aeroportos (Sitava/CGTP-IN), Armando Costa, disse à Lusa que «é díficil avançar números» mas que a adesão é «bastante satisfatória», relatando ainda postos fechados e atrasos no acesso dos passageiros às áreas restritas.

A greve deste fim-de-semana tem como principais reivindicações a contratação colectiva, melhores condições de trabalho e a valorização das carreiras.

O sindicato denuncia «várias violações» ao contrato colectivo de trabalho, nomeadamente em relação à organização do tempo de trabalho, ao pagamento do trabalho extraordinário e em dias de feriado, e ao regime de adaptabilidade.

Para além destas violações, o Sitava acusa a Associação de Empresas de Segurança (AES), a Prosegur e a Securitas de apresentarem propostas que atacam os direitos dos trabalhadores. Trata-se da eliminação da majoração das férias, a redução do pagamento do trabalho extraordinário e «a perseguição aos trabalhadores aderentes à greve» – repreensões aos trabalhadores que fizeream greve depois de julgamentos sumários, alterações de horário a quem aderiu à greve para horários sem transportes públicos, assim como a retirada de funções de liderança a quem fez greve.

A estrutura sindical lembra ainda que cada passageiro paga uma taxa de segurança – 2,50 euros, estimando-se que as receitas em 2016 se tenham aproximado dos 100 milhões de euros – que deveria servir também para melhorar as condições destes trabalhadores, e não para «continuar a encher os bolsos das multinacionais Prosegur/Securitas/Vinci». Recorda ainda o contexto de «crescimento exponencial de passageiros», que se traduz no aumento dos lucros destas empresas.

A decisão de fixar os serviços mínimos em 50% foi ainda alvo de críticas por parte dos trabalhadores concentrados no Aeroporto de Lisboa. Acusaram ainda as empresas de segurança de terem feito contratações nos últimos dias para substituir os trabalhadores em greve.

Ainda assim, a própria ANA – Aeroportos de Portugal confirmou que os efeitos da greve se fizeram sentir, apesar de ter sido enviada informação aos passageiros no sentido de estarem presentes nos aeroportos quatro horas antes dos voos, o dobro do habitual. Em declarações à comunicação social, o porta-voz Rui Oliveira confirmou hoje a informação que já tinha sido avançada ontem: «As filas continuam maiores do que é normal.»

A equipa de reportagem da SIC em Lisboa deu ainda conta de outras perturbações, designadamente na recolha de bagagens.

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