As situações repetem-se na concessão da empresa ICA em Santo Tirso. Em finais de 2020, a ICA, Indústria e Comércio Alimentar, tentou avançar com o despedimento colectivo de mais de 30 trabalhadores neste concelho do distrito do Porto, depois de ter garantido que todos os contratos seriam renovados para o ano de 2021.
Nos dias que correm, a lista de reinvindicações que motiva a luta dos trabalhadores das cantinas escolares de Santo Tirso não se reduziu. Em comunicado, o Sindicato de Hotelaria do Norte (SHN/CGTP-IN) ressalva que, para a greve de dia 15 de Novembro, os trabalhadores exigem «a passagem aos quadros da ICA de todos os trabalhadores das escolas EB1» e contratos para o «ano escolar das escolas EB 2, 3».
De igual forma, os trabalhadores exigem a reposição «dos prémios retirados aos trabalhadores», «dos passes sociais e subsídios de transporte» roubados, «das categorias profissionais alteradas» e de cargas horárias reduzidas, «com a garantia de uma carga horária mínima de 4 horas diárias e 20 horas semanais».
É indispensável que a ICA trate de melhorar, com urgência, as condições de trabalho nas cantinas, nomeadamente através da «reparação dos equipamentos avariados»: «fogões avariados, que dificultam a confeção das refeições, esquentadores avariados, que obrigam à lavagem das loiças em água fria, contrariando normas de segurança e higiene alimentares e há falta de frigoríficos e produtos a estragarem-se».
A discussão das condições de trabalho passa, igualmente, pelo aumento salarial de todos os trabalhadores, a aplicação do Contrato Colectivo de Trabalho (CCT) e a sua renegociação.
Às 8h da manhã do dia 15 de Novembro, o SHN promoverá, com os trabalhadores em greve, uma concentração de protesto à porta da Câmara Municipal de Santo Tirso.
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