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Grande adesão à greve dos mineiros

Extracção e produção paradas nas Minas de Aljustrel

As Minas de Aljustrel estão «completamente paradas» esta quarta-feira. O primeiro dia de greve, que se mantém até dia 26 de Novembro, teve uma forte adesão, estando em causa aumentos salariais e a regulamentação dos horários, «muito penosos» para os trabalhadores.

Foto de Arquivo: Minas de Aljustrel
Foto de Arquivo: Minas de AljustrelCréditos / dinheiro vivo

Manuel Bravo, dirigente da Fiequimetal (CGTP-IN), informou o AbrilAbril de que «as minas estão completamente paradas», não havendo extracção e produção de minério, acrescentando que se mantêm as expectativas de elevada adesão para os próximos dias de greve.

Segundo o dirigente sindical, a questão salarial é uma das grandes razões do protesto, explicando que «grande parte dos mineiros recebe o salário mínimo nacional». Acresce que «apenas meia dúzia de trabalhadores estão classificados como mineiros», uma vez que a administração não os está a classificar devidamente, «tirando-lhes qualquer perspectiva de progressão na carreira».

Outra questão apontada são os horários de trabalho, «muito penosos», com laboração contínua, não permitindo «a conciliação da actividade profissional com a vida familiar e pessoal dos trabalhadores», refere Manuel Bravo. Estamos a falar de mineiros «que trabalham dez horas no fundo da mina».

O dirigente sindical revela ainda que se verificou «pressão policial, sobretudo da GNR», que, «protegendo os interesses do patrão, tentou impedir que o piquete fizesse o seu trabalho», ao qual os trabalhadores resistiram. No entanto «continua a haver por Aljustrel muitos GNR, a passar em todo o lado e a toda a hora», refere.

«A administração está a ficar isolada neste conflito»

Os trabalhadores realizavam ao final da tarde um desfile nas ruas de Aljustrel, em que «a população veio à rua e demonstrou estar a apoiar os mineiros». Manuel Bravo, que falava ao AbrilAbril durante o desfile, descrevia que, «à medida que vamos passando, vamos sentindo palavras de encorajamento e aplausos».

Admitindo que «a administração está a ficar isolada neste conflito», o representante deu conta de que em todos os dias de greve haveria piquete nos horários de entrada, com várias equipas, e um piquete em permanência com mais de 100 pessoas, para além de estarem previstos desfiles durante a greve pela vila de Aljustrel.

«E há esta determinação dos trabalhadores: se estes dias de greve não forem suficientes para resolver, outros virão, a luta vai continuar», conclui o dirigente da Fiequimetal.

Segundo um comunicado do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria Mineira (STIM/CGTP-IN), a greve, decidida num plenária realizado a 18 de Outubro, começou às 6h do dia de hoje e prolonga-se até às 8h30 do dia 26 de Novembro, abarcando trabalhadores das empresas Almina, Minas do Alentejo, Empresa de Perfuração e Desenvolvimento Mineiro e Urmáquinas, que estão a laborar nas Minas de Aljustrel.

O comunicado apontava que estes trabalhadores estão em luta pela «melhoria dos salários e demais matérias de expressão pecuniária», pela «melhoria das condições de saúde e segurança no trabalho», pela «humanização dos horários de trabalho na lavaria» e pela «normalização das relações de trabalho na empresa, contra a repressão sobre os trabalhadores». Protestam ainda «pelo direito à negociação e pelo reconhecimento do sindicato representativo dos trabalhadores».

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