Na carta que redigiram, enviada à «empresa-mãe» pelo Sindicato dos Trabalhadores da Agricultura e das Indústrias de Alimentação, Bebidas e Tabacos de Portugal (Sintab/CGTP-IN), os trabalhadores expõem aquilo que consideram ser «um atropelo à Constituição da República Portuguesa».
Em causa está o facto de os motoristas de distribuição da região do Porto receberem cerca de menos 150 euros mensais do que aqueles que desempenham as mesmas funções em Lisboa.
Nesta denúncia, em que apelam ao accionista único da Sociedade Central de Cervejas e Bebidas que interceda na resolução do problema, os trabalhadores realçam ainda o facto de a situação representar uma «enorme incoerência» com o que a empresa publicita internamente, com documentos publicados, dando conta de que «o respeito pela igualdade e não discriminação constitui um dos pilares em que assenta a política de direitos humanos, que integra o código de conduta do grupo Heineken».
O Sintab enviou igualmente a denúncia à Comissão para a Igualdade no Trabalho e no Emprego (CITE), solicitando intervenção.
Desde Agosto de 2020 que a organização sindical tem solicitado a regularização de diversas situações que considera ilegais, de onde sobressai também a imposição do recurso ao banco de horas.