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|exploração

Depois do Estado, os CTT tentam extorquir os próprios trabalhadores

Com lucros de 36,4 milhões de euros em 2022, a empresa, privatizada em 2014, quer aumentar as contribuições dos trabalhadores para o seu subsistema de saúde (IOS): passariam a assumir mais de 50% dos custos.

Créditos / TVI

Os trabalhadores e aposentados dos CTT, assim como as respectivas famílias, têm acesso ao Instituto de Obras Sociais (IOS), um subsistema de saúde e apoio social a que podem aceder mediante o pagamento de uma quota. Através deste sistema, são comparticipados medicamentos, actos médicos e cirúrgicos, apoio à maternidade e à infância ou, noutro âmbito, são atribuídos subsídios de estudo, de infantário ou de apoio a idosos.

Agora, a administração privada dos CTT, que acumula dezenas de milhões de euros de lucros anuais (a que ajuda o facto de terem encerrado dezenas de estações e vendido parte do património da empresa) quer elevar as contribuições dos beneficiários do IOS, «aumentado a quota para 2,85 (actual, 2,25%) e o valor das comparticipações destes nos diferentes serviços (consultas, enfermagem, hospitalizações, etc.) de 25% para 33,5%».

«O seu objectivo é diminuir os custos do lado da empresa, onerando a quota parte dos beneficiários que, assim, ficariam a suportar mais de 50% dos custos totais (actualmente, cerca de 43,4%), que corresponderiam, grosso modo, a um incremento de cerca de 8 milhões de euros», referem, em comunicado, os sindicatos da CGTP-IN do sector.

Aceitar aquilo que a administração dos CTT pretende aplicar, seria o equivalente a aceitar uma redução do rendimento dos trabalhadores, afirma o SNTCT/CGTP-IN e o Sinttav/CGTP-IN. Seria o agravar de uma situação para os trabalhadores, com «salários desvalorizados», enquanto continuam a suportar os «cada vez mais chorudos dividendos aos accionistas privados».

É este o resultado prático (para além de os CTT nunca mais terem conseguido cumprir qualquer um dos 22 indicadores de qualidade definidos pela ANACOM) da privatização criminosa do Governo PSD/CDS de Passos Coelho, contando sempre com o «beneplácito do actual governo do PS», que se recusa a reverter o processo.

A solução para o problema é simples, consideram as estruturas representativas dos trabalhadores: «se o objectivo da administração é aumentar as receitas do IOS, o principal mecanismo para isso é o do aumento geral dos salários e com a valorização das carreiras profissionais». Com um aumento significativo dos salários, nos termos defendidos pelos sindicatos e os trabalhadores, tal «reflectir-se-ia no aumento das receitas do IOS entre 6 e 10%».

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