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Depois das ameaças, DHL é forçada a reverter «ilegalidades»

Ameaçou, cumpriu e... saiu derrotada. Nas greves nos dias 27 de Março e 1 de Maio na DHL, o patronato marcou faltas injustificadas a quem aderiu. Agora, o CESP/CGTP forçou a empresa a voltar atrás.

Trabalhadores dos entrepostos DHL estiveram em greve por aumentos salariais para todos, carreiras salarias e pelo fim da precariedade nos contratos. Vila Nova da Rainha, 12 de Agosto de 2022 
Créditos / CESP

O objectivo do patronato da DHL, agindo através das chefias, era evidente: para além de assustar os trabalhadores, criando a sensação de que a adesão a acções de luta reivindicativa acarreta grandes riscos para a segurança dos seus empregos, a DHL, ao marcar faltas injustificadas a quem aderiu à greve convocada pelo Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal (CESP/CGTP-IN), «queria virar os trabalhadores contra o seu sindicato de classe».

O CESP «insistiu, manteve-se firme», e a DHL foi forçada a voltar atrás. Por acção do sindicato, a multinacional, líder global na indústria de logística e entregas, retirou as faltas injustificadas que tinha marcado indevidamente (nas greves de 27 de Março e 1 de Maio) e assumiu, contra sua vontade, que vai mesmo ter de pagar «o prémio de assiduidade que tinha tirado aos trabalhadores injustamente».

«Não deixamos os trabalhadores para trás! Como sempre dissemos, as faltas em dia de greve têm de ser justificadas!». Contra esta atitude «miserável», infelizmente recorrente, da DHL, valeu a união dos trabalhadores e a determinação do CESP: «juntos somos mais fortes!».

O esquema adoptado pela DHL para quebrar a espinha da força laboral passou por inventar problemas com o pré-aviso de greve, o que justificaria, no entender do patronato, a marcação de faltas injustificadas como forma de reprimir quem aderisse às acções de luta.

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