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|Semana da Igualdade

Custo da habitação é quase metade do salário

Em meados de 2021, o peso dos novos arrendamentos na remuneração representava, em média, 44%. Subida do custo da habitação ameaça, sobretudo, os jovens trabalhadores. 

Créditos / Pixabay

A subida do custo da habitação revela-se um problema cada vez maior na vida dos trabalhadores e das trabalhadoras no nosso país, conclui um estudo da Comissão para a Igualdade entre Mulheres e Homens (CIMH), da CGTP-IN. 

De acordo com a análise «Habitação e custo de vida», a que o AbrilAbril teve acesso, a variação anual homóloga dos custos da habitação acelerou 12,2% no terceiro trimestre de 2021. Já o peso do valor dos novos arrendamentos na remuneração representava, em meados de 2021, uma média de 44%, tendo como referência a remuneração mensal bruta declarada à Segurança Social e um alojamento na ordem dos 81 metros quadrados.

O problema dos custos elevados da habitação verifica-se essencialmente nos grandes centros urbanos, tanto ao nível do arrendamento, como da aquisição de casa própria através do recurso a empréstimo bancário

Para a CIMH, a aceleração de preços cria «graves problemas laborais e sociais», em particular para os jovens trabalhadores, com entrada recente no mercado de trabalho, salários baixos e precariedade no emprego, que vêem cada vez mais adiada a saída da casa dos pais. 

Por outro lado, critica, «não há uma resposta adequada» por parte do Estado, seja ao nível da regulação do mercado de arrendamento, seja na oferta pública.

Entretanto, o custo de vida não pára de aumentar, verificando-se em 2021 um crescimento dos preços de bens (+1,7%) e serviços (+0,6%) mais elevado do que nos dois anos anteriores. 

No que diz respeito ao agregado dos produtos energéticos, cujo peso é significativo nas classes da habitação, água, electricidade, gás e outros combustíveis, e dos transportes, a sua taxa de variação média teve um aumento de -5%, em 2020, para 7,3%, em 2021.

Face à escalada do aumento dos preços, a CIMH exige um Estado regulador nos preços da habitação e noutros bens e serviços essenciais, ao mesmo tempo que alerta para a urgência de proceder ao aumento significativo de todos os salários «para fazer face ao aumento galopante do custo de vida», que tenderá a agravar-se com o escalar da guerra no Leste europeu. 

Depois de «Pobreza no feminino» e «Protecção social e desemprego», este é o terceiro estudo divulgado pela Comissão para a Igualdade da CGTP-IN, no quadro do lançamento da Semana da Igualdade, de 7 a 11 de Março.

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