A actual administração da Cimpor, um conglomerado industrial e financeiro turco (OYAK) que comprou a empresa, em 2018, por cerca de 700 milhões de euros, anunciou «a retirada dos complementos de assistência na doença aos actuais e aos futuros reformados e às suas famílias a partir de 20 de Outubro».
De acordo com a informação divulgada pela Federação Portuguesa dos Sindicatos da Construção, Cerâmica e Vidro (Feviccom/CGTP-IN), esta decisão afecta, no imediato, cerca de 1300 beneficiários. É ao que está reduzida aquela que já foi uma das mais importantes empresas do tecido econónimo público português.
É que mesmo «com mais de 135 milhões de euros de lucros líquidos nos últimos quatro anos», a Cimpor privada não sente qualquer obrigação para com os seus trabalhadores. «Os trabalhadores da Cimpor não podem ser usados para a obtenção de resultados e descartados quando se trata de usufruir de benefícios conquistados há décadas».
Face à estratégia de agressão da OYAK, os trabalhadores já estão a avançar para a discussão das «acções e das lutas necessárias para reverter a medida anunciada pela Administração», estando também disponíveis para acompanhar os reformados da Cimpor nas lutas que estes entendam realizar.
Trata-se, refere a Feviccom, de «assegurar a manutenção de um direito que a todos diz respeito».
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