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|capitalismo

Capital usurpa cada vez mais rendimento do trabalho

A Organização Internacional do Trabalho (OIT) revela que a transferência de rendimento dos trabalhadores portugueses para o capital é a mais acentuada da União Europeia. São mais de 10% em 13 anos.

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A OIT analisou também o desequilíbrio na distribuição do rendimento entre trabalhadoresCréditos / tamegasousa.pt

A avaliação da OIT, divulgada esta quinta-feira, é mais um incentivo à luta dos trabalhadores. No plano nacional, a análise revela que a percentagem do rendimento do trabalho no produto interno bruto (PIB) passou de 65,8% em 2004 para 54,8% em 2017. São 11,3 pontos percentuais perdidos em 13 anos. 

De salientar que a OIT utiliza uma metodologia própria para aferir a distribuição funcional do rendimento. A nível global, o rendimento transferido dos trabalhadores para o capital desceu de 53,7% para 51,4% no período temporal descrito, enquanto na UE se verifica uma redução de 1,8 pontos percentuais – tendo passado de 59,4% em 2004 para 57,6% em 2017.

Portugal consegue a proeza de ficar abaixo da média dos 28 que integram a União Europeia (UE), mas a conclusão – nada surpreendente – deste estudo, que envolveu a realidade de 189 países, é que a desigualdade salarial continua a ser a tónica do mundo do trabalho. 

A par de saber quanto usurpa o capital, a OIT analisou o desequilíbrio na distribuição do rendimento entre trabalhadores e, embora os números não sejam animadores, há traços que permitem concluir sobre os benefícios da reposição de rendimentos e do aumento do rendimento mínimo nacional, ao longo desta legislatura.

De acordo com o estudo, os 10% que ganham menos no nosso país ficaram apenas com 2,6% do rendimento total do trabalho em 2017, embora se registe uma subida comparativamente a 2004 (2,3%), ficando acima também da média da UE, que era de 1,7% em 2017. Os 20% que ganham menos ficaram com 7,1% do rendimento total do trabalho em 2017, uma subida relativamente a 2004 (6,4%) e à média da UE, que era de 5,1% em 2017 e 4,5% em 2004.

No topo da pirâmide, verifica-se que os 10% que ganham mais corresponderam a 30,4% do total auferido pelos trabalhadores.

A nível geral, a OIT revela que 10% dos trabalhadores recebem 48,9% do total do salário global, enquanto os 50% dos trabalhadores mais mal pagos recebem apenas 6,4%. Por outras palavras, e é de desigualdade que se trata, o estudo mostra que o aumento dos rendimentos no topo traduz perdas salariais para os restantes trabalhadores da pirâmide. 

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