«Para a CGTP-IN, a Igualdade é uma luta de todos os dias integrada na intervenção sindical geral pela valorização do trabalho», pode ler-se no documento divulgado na semana passada a anunciar a semana da Igualdade, de dia 2 a 6 de Março.
A central sindical destaca que vários problemas, da precariedade à discriminação salarial, atingem as mulheres trabalhadores de uma forma acentuada.
O trabalho precário atinge sobretudo os mais jovens e as mulheres: 40% dos menores de 35 anos têm vínculos precários e mais de metade são mulheres. «Além da insegurança laboral e de um mecanismo de chantagem, a precariedade é utilizada para pagar salários, em média, 30% mais baixos aos trabalhadores com vínculos precários, do que aos trabalhadores com vínculo efectivo», afirma a Intersindical.
No texto refere-se também que as mulheres trabalhadoras auferem, em média, salários base 14,5% mais baixos do que os homens em trabalho igual ou de valor igual considerando as remunerações base no sector privado e no sector empresarial do Estado, sendo a diferença maior nas empresas privadas (22,5%), do que nas empresas públicas (13%).
Relativamente ao trabalho não pago – tarefas e responsabilidades no quadro doméstico/familiar – as mulheres com actividade profissional despendem mais 1h40 por dia útil que os homens.
Outros problemas assinalados prendem-se com a falta de equipamentos sociais de apoio à infância, com o tempo despendido em deslocações e com a dificuldade de acesso à habitação. Quanto aos direitos na maternidade, a CGTP-IN afirma que Portugal tem uma baixa taxa de natalidade devido aos elevados custos financeiros associados a ter filhos.
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