Os trabalhadores da Accenture, uma empresa multinacional de consultoria de gestão, tecnologia da informação e outsourcing, com mais de 5 000 trabalhadores em Portugal e 167 clientes, incluindo 11 empresas do PSI-20, estão cansados dos «salários cada vez mais curtos» para as suas despesas, enquanto a empresa apresenta lucros recorde a cada novo ano.
Em comunicado enviado ao AbrilAbril, o Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal (CESP/CGTP-IN) dá conta da exaustão destes trabalhadores, «fartos das condições de trabalho insuficientes» que a empresa providencia. Toda esta tensão resultou na convocatória de greves parciais de 2 a 6 de Junho (últimas 2h do turno da manhã e as primeiras do turno da tarde, com paralisação total à noite) com piquetes, todos os dias, em frente à empresa, em Miraflores, às 14h.
Para além da «melhoria geral das condições de trabalho», os trabalhadores da Accenture exigem «um aumento salarial de 15%, com um mínimo de 150 euros por trabalhador, o aumento do subsídio de alimentação para 12 euros por dia e a atribuição de subsídio de risco aos trabalhadores que analisam conteúdo sensível», expostos a vídeos e imagens gráficas e violentas divulgadas nas redes sociais.
«É com o nosso trabalho, e com a falta de investimento nos nossos locais de trabalho, que a Accenture alcança lucros recorde todos os anos», alerta o CESP. No final de 2023 e início de 2024, centenas de trabalhadores aderiram às acções de luta convocadas por este sindicato, algo que o CESP conta que volte a acontecer na próxima semana.
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