Emmanuel Macron

A Confederação Geral do Trabalho (CGT) anunciou a saída das negociações com o governo francês sobre a reforma das pensões e apela à participação na mobilização nacional de reformados e aposentados desta quinta-feira.

Mais uma vez, Emmanuel Macron encarnou Luís XIV e numa postura pseudo-absolutista, voltou a ignorar os resultados das eleições legislativas e nomeou François Bayrou como primeiro-ministro. Depois de Barnier, a escolha não é uma alternativa, mas uma alternância.   

Contra os resultados das eleições legislativas, o presidente francês nomeou Michel Barnier como primeiro-ministro francês. A Nova Frente Popular diz que há «roubo» e que irá censurar o novo Governo, a extrema-direita e Comissão Europeia estão agradadas.

Três meses depois das eleições, com uma espécie de tréguas durante os Jogos Olímpicos e já sabendo que a  Nova Frente Popular indicou Lucie Castets para primeira-ministra, Emmanuel Macron mantém o silêncio. 

Não é com surpresa que a extrema-direita cresce por toda a Europa. O caso francês ilustra como a política neoliberal de Macron criou o caldo para o Reagrupamento Nacional crescer. O monstro cresce quando os problemas sociais aprofundam-se porque o monstro instrumentaliza-os.

Os franceses vão este domingo às urnas, na primeira volta de umas eleições que vão eleger os 577 membros da Assembleia Nacional e cuja segunda volta terá lugar no dia 7 de Julho.

Ainda antes dos resultados finais, o presidente francês, Emmanuel Macron, dissolveu o Parlamento e convocou eleições antecipadas para o dia 30 de Junho. Entre as várias leituras, há a mais clara: Macron está a convidar a extrema-direita a tomar o poder.

Mais um dirigente sindical da CGT foi detido e vai ter de prestar declarações, pelo que a Intersindical e organizações sociais agendaram uma concentração de protesto contra o agravamento da repressão no país.

A central sindical destaca a mobilização «massiva» dos trabalhadores da Função Pública por toda a França, com mais de 130 manifestações e concentrações em defesa de melhores salários e condições.

De acordo com a CGT, mais de 150 mil pessoas mobilizaram-se em todo o país contra a promulgação do texto legislativo «da vergonha», classificado como uma «vitória ideológica» da extrema-direita.

Dezenas de cidades acolheram protestos contra a «lei racista», a uma semana de uma jornada de mobilização que se prevê ainda maior, por toda a França, para exigir a não promulgação do texto legislativo.

Na sequência da aprovação parlamentar da lei da imigração, em 19 de Dezembro, mais de 200 personalidades subscreveram um apelo à mobilização, dia 21 de Janeiro, para exigir a sua não promulgação.

A Confederação Geral do Trabalho (CGT) apelou à mobilização e à desobediência civil contra a lei da imigração, tendo anunciado iniciativas para resistir às normas aprovadas na terça-feira no Parlamento.

A propósito de mais uma intimação de um dirigente sindical, a CGT denuncia a repressão existente em França e a «vontade de asfixiar a voz do mundo do trabalho que reivindica».

Numa jornada marcada pelo «não» às políticas de austeridade, esta sexta-feira, exigiu-se melhores salários, pensões, poder de compra e serviços públicos em mais de 220 mobilizações, por toda a França.

Mais de cem colectivos, associações, partidos e sindicatos apelam à mobilização unitária por toda a França, dia 23, «contra a violência policial e o racismo sistémico» e «pelas liberdades públicas».

A CGT denuncia uma vaga de «repressão», a propósito da intimação do dirigente sindical Sébastien Menesplier, que a Justiça acusa de estar ligado a um apagão nos protestos contra a reforma das pensões.