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Os Jogos Olímpicos e a guerra fria

Muitas são as dúvidas suscitadas por este relatório, que não têm merecido a atenção da comunicação social, nomeadamente se foram feitas investigações para comprovar o que lá é revelado.

Richard McLaren apresentou o seu relatório a 18 de Julho
Richard McLaren apresentou o seu relatório a 18 de JulhoCréditosmetro.com.uk / Getty

O Tribunal Arbital de Desporto confirmou no dia 23 a decisão de afastar todos os atletas russos dos Jogos Paralímpicos Rio2016. Ao contrário do que se passou nos Jogos Olímpicos de Verão deste ano, em que a decisão de afastar os atletas foi delegada em cada uma das federações desportivas, agora o afastamento aplica-se a todos os atletas.

Na base desta decisão estão as conclusões do Relatório McLaren, divulgado a 18 de Julho e sustentado nas declarações de Vitaly Stepanov, um ex-funcionário da Agência Russa Antidopagem (Rusada), Yuliya Stepanova, uma atleta russa e Gregory Rodchenkov, o ex-director do laboratório antidopagem da Rússia em Moscovo, todos eles envolvidos de alguma forma em escândalos de doping.

O relatório elaborado pelo advogado canadiano Richard McLaren, mandatado pela Agência Mundial de Anti-Doping (em inglês: WADA), descreve um esquema de doping alegadamente patrocinado pelo Estado russo, entre 2011 e 2015, com particular incidência nos Jogos Olímpicos de Inverno de 2014.

Entretanto, muitas são as dúvidas suscitadas por este relatório, que não têm merecido a atenção da comunicação social, nomeadamente a de se saber se foram feitas investigações para comprovar o que lá é revelado e o facto de Stepanov ter recebido da WADA apoios financeiros para ir viver para os EUA.

Pat Hickey, presidente do Comité Olímpico Europeu (COE), prestou declarações a 16 de Julho, dois dias antes de o relatório ser tornado público, pronunciando-se sobre a pressão das agências de anti-doping dos EUA e do Canadá, no sentido de afastar os atletas russos dos Jogos Olímpicos.

«É claro que apenas atletas e organizações que apoiam a expulsão da Equipa Olímpica da Rússia foram contactados», afirmou o presidente do COE. «Tenho de questionar com que autoridade as agências anti-doping dos EUA e do Canadá prepararam a sua carta e que mandato têm para liderar uma campanha internacional para banir outra nação da Família Olímpica», acrescentou. «Embora eu compreenda perfeitamente e compartilhe as preocupações internacionais sobre as recentes alegações de doping, não se pode permitir que nenhum indivíduo ou grupo danifique a integridade da justiça e de um processo legal», concluiu Pat Hickey.

Mais uma vez, não será o combate ao doping nem o espírito olímpico que estão em causa e que estarão na base desta decisão. Trata-se, sem dúvida, de uma manobra de pressão e de chantagem, que visam aprofundar o caminho da desetabilização e de isolamento da Rússia.

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