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O acesso universal exige um serviço de proximidade

 A CGD não pode isentar-se das suas obrigações sociais de apoio às populações e ao desenvolvimento económico dos locais onde se encontra instalada.

Eleitos autárquicos de Almada solidários com a população da Sobreda, que exige que não feche a agência da CGD
Eleitos autárquicos de Almada solidários com a população da Sobreda, que exige que não feche a agência da CGDCréditos

O processo de reestruturação da Caixa Geral de Depósitos (CGD) pretende encerrar cerca de 200 agências por todo o território nacional. Quase diariamente têm vindo a público notícias de encerramentos de balcões e a correspondente contestação das populações.

A CGD é uma empresa estratégica que deve continuar sob o controlo público, o que exigiria que a administração reforçasse a sua presença em todo o território nacional. A necessária e urgente recapitalização, que reforce a posição da CGD como banco público, não pode servir de pretexto para aplicar «reestruturações» que promovam o encerramento de balcões e o despedimento de trabalhadores, o que só beneficia a banca privada.

Neste contexto, não se podem deixar de apontar as erradas decisões adoptadas pelo PS, mas também é preciso não esquecer a intensa operação movida durante o governo do PSD e do CDS-PP contra a CGD, que continua a produzir os seus efeitos, com o objectivo de enfraquecer e descredibilizar a Caixa com vista sua privatização. O PSD e o CDS-PP, que vieram levantar as vozes a questionar o encerramento de agências da Caixa, quando durante o seu próprio governo fizeram o mesmo.

À CGD cabe o papel de serviço público, pelo que deve estar ao serviço dos interesses da economia nacional e do desenvolvimento do País, bem como deve garantir o acesso das populações aos serviços bancários. A proximidade dos serviços é factor essencial para o acesso universal, condição fundamental quando se fala num serviço público. E pelo que é dito pelas populações em protesto, o encerramento põe em causa esse acesso, nomeadamente à população mais idosa, com dificuldades de deslocação. Estamos a falar de, em alguns casos, se passar a ter que percorrer quilómetros para chegar a uma CGD, e de freguesias inteiras que deixam de ter uma agência.

 A CGD não pode isentar-se das suas obrigações sociais de apoio às populações e ao desenvolvimento económico dos locais onde se encontra instalada. 

As populações não ficaram caladas. São vários os protestos que já foram organizados. Faralhão (Setúbal), Canha (Montijo), Lavradio (Barreiro), Sobreda (Almada), Almeida (Guarda), Teixoso (Covilhã) ou Gambelas (Faro), são exemplos de locais onde milhares de populares vieram à rua exigir que a «sua» agência não seja encerrada. Vozes destas já conseguiram frutos. É o exemplo do Faralhão, onde a Junta de Freguesia, de maioria CDU, organizou uma concentração que envolveu um milhar de pessoas e um abaixo-assinado que recolheu 2839 assinaturas em poucos dias – no dia em que o recebeu, a administração comprometeu-se a não fechar a agência pelo menos até ao final do ano.

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