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Freguesias de Setúbal contra decisão da CGD

Decorreu ao final da manhã, junto à sede da CGD, em Lisboa, um protesto das juntas de freguesia do distrito de Setúbal contra o previsto encerramento de balcões. 

A freguesia de Canha, no Montijo, não faltou ao protesto graças ao apoio do município de Palmela
A freguesia de Canha, no Montijo, não faltou ao protesto graças ao apoio do município de PalmelaCréditos

Na base da manifestação estão motivos comuns a tantas outras zonas do país. Populações envelhecidas, que não têm meios para se deslocarem vários quilómetros e que recusam ficar sem mais um serviço público. Durante a acção, muitos utentes da região de Setúbal ameaçaram retirar as suas poupanças da CGD caso avance o plano aprovado por Bruxelas.

A freguesia de Canha, no concelho do Montijo, foi uma das representadas no protesto desta manhã. A população contesta a decisão da CGD e lamenta a falta de apoio e de intervenção por parte dos presidentes da junta de freguesia de Canha e da Câmara Municipal do Montijo para inverter este cenário. 

Das 61 agências que a CGD prevê encerrar, 18 são na área da Grande Lisboa, 15 a norte, 15 a sul e nas regiões autónomas e 13 na zona centro, segundo a lista divulgada em Março. No distrito de Setúbal estão previstos encerramentos nos municípios de Almada (agências de Sobreda da Caparica, Cacilhas e Fórum Almada), Barreiro (Lavradio) e Montijo (Canha).

Populações exigem manutenção do banco público 

Os protestos contra a decisão que decorre do plano de recapitalização do banco público fazem a agenda dos últimos dias. Ontem, em Almeida, no distrito da Guarda, cerca de cem pessoas mobilizaram-se durante várias horas contra o único encerramento previsto numa sede de concelho. Do protesto resultou a garantia de que a agência, que se previa encerrar hoje, ficará aberta até 2 de Maio, data em que está agendada uma reunião entre a administração da CGD e o município de Almeida. 

No dia 25 de Abril, e a uma semana da data prevista para o encerramento (2 de Maio), os habitantes de Silvares, no concelho do Fundão, aproveitaram o simbolismo da data para exigirem a manutenção da agência da CGD naquela localidade.

Ontem, a Assembleia Municipal de Peniche votou uma moção contra o encerramento do balcão de Atouguia da Baleia. No texto refere-se que a decisão representa «um ataque ao desenvolvimento económico e um desrespeito aos clientes da CGD» e traz «dificuldades acrescidas aos cidadãos com menos recursos, com dificuldades de mobilidade e de transporte». Recorde-se que, no início do mês, o presidente do município ameaçou fechar todas as contas da autarquia no banco público caso avançasse a decisão de encerrar esta agência.

Para amanhã, 28, está agendada uma concentração em frente ao balcão da Ameijeira, no concelho de Lagos.  

«Com o objectivo de prestar um melhor serviço, vamos encerrar o seu balcão»

Na Comissão de Orçamento, Finanças e Modernização Administrativa, realizada ontem, o secretário de Estado Adjunto e das Finanças, que resumiu a posição do Governo a um conjunto de orientações sobre os critérios que o banco público deve seguir, anunciou que já houve acordo entre algumas freguesias e a CGD para que nas instalações dessas freguesias sejam prestados os serviços do banco público. 

O deputado comunista Paulo Sá aproveitou a audição para denunciar o envio de cartas a milhares de clientes por parte do banco público. «Recebi uma carta da CGD a gozar comigo. Dizia: Com o objectivo de prestar um melhor serviço, vamos encerrar o seu balcão. Em que medida é que encerrar balcões melhora o serviço prestado aos clientes desses balcões?», indagou Paulo Sá.

Alcançando a ironia, o ministro das Finanças justificou o encerramento pela dimensão reduzida de algumas agências e que assim «deixam de conseguir responder às necessidades dos clientes».

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