O anúncio de despedimentos – cerca de 1400 até ao final do ano – foi feito ao mesmo tempo que a empresa divulgava os resultados do primeiro semestre de 2017. A Lego lucrou 455 milhões de euros (3,4 mil milhões de coroas dinamarquesas) nos primeiros seis meses do ano, menos 14 milhões do que no mesmo período do ano passado.
Apesar do ligeiro recuo dos lucros, que já se tinha verificado no ano passado, a Lego continua a registar lucros muito superiores a 2013 e 2014. De facto, desde 2005 que a Lego apresenta lucros anuais superiores a 500 milhões de euros e, caso a trajectória de receitas se mantenha, o ano de 2017 deverá ser um dos mais lucrativos de sempre para a empresa.
No entanto, a Lego pretende despedir quase 8% dos 18 200 trabalhadores que a empresa mantém em todo o mundo. A gestão da empresa argumenta com a necessidade de «simplificar o modelo de negócios». Ou seja, vão ser despedidos muitos dos trabalhadores que, nos últimos anos, permitiram à Lego registar taxas de crescimento acima dos 10% ao ano, como o próprio presidente da empresa, Jørgen Vig Knudstorp, assumiu numa declaração divulgada hoje.
«Lamentamos muito as alterações que podem interferir com a vida de muitos dos nossos colegas. Os nossos colegas colocaram tanta paixão no seu trabalho diário e estamos agradecidos por isso. Infelizmente, é essencial para nós tomarmos estas decisões duras», lê-se no comunicado que cita um lacónico Knudstorp e que foi disponibilizado na página da Lego.
Entre 2006 e 2016, a Lego registou lucros acumulados de mais de 51 mil milhões de coroas dinamarquesas, quase 6,9 mil milhões de euros à taxa de câmbio actual.
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