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Militares norte-americanos defendem mega bomba no Afeganistão

O comandante das forças norte-americanas no Afeganistão defendeu a decisão de lançar a bomba não nuclear mais potente dos EUA contra posições do Daesh no país asiático, cujo governo disse ter sido informado. Especula-se que os verdadeiros alvos sejam outros.

Fotograma de um vídeo, divulgado pelo Pentágono, do lançamento da «MOAB», ontem, no Leste do Afeganistão
Fotograma de um vídeo, divulgado pelo Pentágono, do lançamento da «MOAB», ontem, no Leste do AfeganistãoCréditos / northcountrypublicradio.org

O uso da GBU-43/B, a bomba não nuclear mais potente do arsenal bélico norte-americano e designada por Washington como «MOAB» [sigla inglesa para «mãe de todas as bombas»], foi considerado por John Nicholson, comandante das forças militares norte-americanas no Afeganistão, como «justificado», numa conferência de imprensa que hoje teve lugar na capital afegã, Cabul.

Para o militar, tratou-se da «arma certa para o alvo certo» – alegadamente, uma rede de túneis subterrâneos fortificados que o chamado Estado Islâmico (ou Daesh, na sigla árabe) usava para atacar as forças governamentais afegãs, na região de Achin, província oriental de Nangarhar (junto à fronteira com o Paquistão), informa a Prensa Latina.

O presidente dos EUA, Donald Trump, disse, ainda ontem, que o bombardeamento tinha sido um «grande, grande êxito». Hoje, o Ministério da Defesa afegão afirmou, em comunicado, que a bomba tinha destruído esconderijos e túneis do Daesh, e que «36 combatentes foram mortos».

O governo afegão disse ainda ter sido informado de antemão sobre o lançamento da bomba, acrescentando que a explosão não causara vítimas entre a população civil. Pelo seu lado, o Daesh negou, através da agência Amaq, que a MOAB tivesse causado qualquer vítima entre as suas fileiras.

Enorme potência

Já o governador da região de Achin, Esmail Shinwar, sublinhou a potência da explosão: «a maior que já vi; chamas enormes engoliram a área», disse, segundo refere a PressTV. O engenho bélico, com mais de 10 toneladas, contém cerca de 8000 quilos de explosivos e uma potência equivalente a 11 toneladas de TNT.

A potência do engenho despertou a especulação, no seio das redes sociais e entre «especialistas», quanto ao verdadeiro alcance da operação norte-americana, apontando-se como verdadeiros alvos não o Daesh, mas a República Popular da Coreia, num contexto de manobras e tensão crescentes, e o Irão. Também o antigo presidente afegão Hamid Karzai veio a público denunciar o uso do território afegão como «campo de treinos» e «laboratório».

«Centenas de mortos» em Deir ez-Zor

O Comando Geral das Forças Armadas sírias emitiu, esta quinta-feira, um comunicado em que confirma a existência de um ataque aéreo perpetrado pela coligação internacional liderada pelos EUA na localidade de Hatla, na província oriental de Deir ez-Zor, e que terá provocado a morte a centenas de pessoas.

No comunicado, divulgado pela agência SANA, afirma-se que, após o ataque aéreo, se formou uma nuvem de fumo branco, que depois se tornou amarela. Tal ficou-se a dever «à explosão de um armazém com grande quantidade de substâncias tóxicas», em poder do Daesh.

«Centenas de pessoas, muitas das quais civis, morreram devido à inalação de gases tóxicos», afirma a chefia do Exército Árabe Sírio, acrescentando que «este incidente confirma a posse de armas químicas por organizações terroristas», bem como «a sua capacidade de as adquirir, transportar, armazenar e usar, com o apoio de países conhecidos na região».

O Comando militar diz ainda que o incidente «confirma a coordenação entre as organizações terroristas e os países que as apoiam com vista a inventar pretextos para acusar o Exército Árabe Sírio de usar armas químicas», algo que, reitera, não possui.

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