A Assembleia Magna da Associação Académica de Coimbra (AAC) aprovou ontem, no dia 17 de Setembro, uma moção que critica a decisão anunciada pelo ministro da Educação, Ciência e Inovação, Fernando Alexandre, considerando que aquilo que poderia ser uma reforma estrutural positiva acabou por traduzir-se «no agravamento do actual estado do Ensino Superior».
Segundo a moção, «perante uma conjuntura socioeconómica já bastante complexa e delicada, a Associação Académica de Coimbra considera incompreensível e intolerável a decisão tomada pelo governo». O texto acrescenta ainda que «o ensino é o melhor investimento possível num país que almeje o desenvolvimento, não devendo ser percecionado como uma mera despesa a colmatar».
A Assembleia Magna considera que as medidas representam a ultrapassagem de um limite inaceitável para o movimento estudantil: «A violação deste princípio basilar e fundamental para todo o movimento estudantil, seja em que valor for, representa a transgressão de uma linha vermelha».
Como forma de resposta, a moção aprovada delibera a convocação de uma manifestação estudantil no próximo dia 24 de Setembro, às 17h, em Coimbra, para contestar o descongelamento das propinas e dar início a uma mobilização a nível nacional. «A reversão das medidas propostas pelo Governo decorrerá somente através de uma acção nacional coordenada, comprometida e incisiva — a luta pela gratuidade do ensino é uma causa comum a todos os estudantes do Ensino Superior Português», lê-se no texto aprovado.
O documento conclui com um apelo à unidade do movimento académico: «Apelamos à união de todos os Estudantes do Ensino Superior Português e das Associações e Federações Académicas e de Estudantes em prol deste objetivo comum, assente numa união estudantil sem precedentes».
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