Por via do secretário das Forças Armadas, Luke Pollard, o Ministério britânico da Defesa confirmou esta quinta-feira que soldados israelitas estão a receber treino militar no Reino Unido.
A revelação foi feita numa resposta a uma questão parlamentar, com Pollard a referir-se à actividade como parte da cooperação de rotina na defesa com Israel, envolvendo «um número limitado» de soldados israelitas.
A declaração do responsável governamental britânico gerou «fúria» e acusações renovadas de que o governo «participa activamente» no genocídio do povo palestiniano, segundo refere o Morning Star.
Por seu lado, The Cradle destaca o facto de a revelação ter surgido num contexto em que empresas britânicas de fabrico de armas continuam a exportar material para empresas israelitas, apesar das alegações em sentido contrário do governo trabalhista.
Uma investigação levada a cabo pelos portais Declassified UK e The Ditch mostra que a Permoid Industries, sediada em Durham (Inglaterra), enviou mais de mil contentores de munições para o fabricante israelita de armas Elbit Systems entre Outubro de 2023 e Abril de 2025, incluindo 360 unidades só em Abril último.
Com um peso superior a 135 toneladas, os carregamentos foram enviados para várias instalações do gigante israelita do armamento em vários pontos da Palestina ocupada em 1948, actual Israel.
Os 360 contentores enviados em Abril, quando as forças de ocupação retomaram a campanha militar na Faixa de Gaza, motivaram «um novo escrutínio do papel do Reino Unido no fornecimento de equipamento utilizado pelo exército israelita», refere a fonte.
Assembleia Geral da ONU exige cessar-fogo imediato
Numa sessão especial de emergência, a Assembleia Geral das Nações Unidas adoptou uma resolução, na noite de quinta-feira, que exige um cessar-fogo imediato, incondicional e permanente na Faixa de Gaza.
O texto da resolução também exige o acesso pleno, rápido, seguro e sem obstáculos da ajuda humanitária em grande escala em Gaza, bem como a libertação imediata de todos os cativos.
Além disso, apoia o plano coordenado pela ONU para restabelecer as entregas de ajuda humanitária no enclave palestiniano, refere a TeleSur.
O texto foi aprovado de forma esmagadora, com 149 votos a favor, 12 contra (incluindo os EUA, Israel, Argentina, Hungria, Paraguai, Papua-Nova Guiné e vários estados do Pacífico) e 19 abstenções.
Entre outros aspectos, a resolução insiste na «solução dos dois estados», com a Faixa de Gaza e integrar o Estado da Palestina, bem como na rejeição de alterações demográficas no enclave e na Margem Ocidental ocupada, de planos de deslocação forçada e deportações.
O documento condena ainda a utilização da fome como método de guerra na Faixa de Gaza e destaca a necessidade de que Israel preste contas.
De acordo com as autoridades de saúde no enclave, a agressão israelita ao enclave, desde Outubro de 2023, provocou pelo menos 55 200 mortos e mais de 127 800 feridos entre os palestinianos.
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