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Trabalhadores das ambulâncias no País Basco em greve por tempo indeterminado

No primeiro dia da greve, os sindicatos denunciaram os elevados serviços mínimos impostos. Os trabalhadores subcontratados exigem a equiparação aos restantes e a recuperação do poder de compra.

Créditos / gedar.eus

Os trabalhadores subcontratados das ambulâncias na Comunidade Autónoma Basca (Biscaia, Álava e Guipúscoa) iniciaram, esta segunda-feira, uma greve por tempo indeterminado, por entre críticas dos sindicatos aos serviços mínimos decretados pelo governo autonómico (próximos dos 100%).

Neste contexto, ELA, LSB-USO, LAB, UGT, CCOO e ESK referiram que, entre a escassa fatia de trabalhadores que podiam fazer greve, a adesão rondou os 90%.

Com o acordo colectivo caducado desde 2021, os trabalhadores subcontratados (cerca de 1700) das ambulâncias do País Basco reclamam a sua renovação; a equiparação das suas condições à dos trabalhadores do Osakidetza que são contratados directamente; aumentos salariais que permitam a recuperação do poder de compra (os sindicatos apontam uma desvalorização salarial de 17% em dois anos).

Também melhores condições de trabalho (horários, jornada laboral, valorização das carreiras, conciliação familiar, entre outros aspectos) e mais materiais e recursos para as ambulâncias, indica o portal gedar.eus.

Manifestação dos trabalhadores das ambulâncias em Bilbau, a 19 de Fevereiro de 2024 / lab.eus

Cerca de 90% do serviço de ambulâncias prestado pelo Osakidetza – Serviço Público Basco de Saúde é subcontratado. Segundo refere a fonte, a empresa La Pau administra a maior parte deste serviço privatizado, enquanto a Ambulancias Gipuzkoa é responsável pelo restante.

Trabalhadores em greve manifestaram-se em Bilbau, tendo denunciado o «bloqueio» na mesa de negociações, bem como a «pouca vontade» das empresas, que continuam a não dar resposta às reivindicações, e a «inacção» do Departamento de Saúde para melhorar as condições dos trabalhadores do sector.

Serviços mínimos «violam o direito à greve»

O sindicato ELA acusou o governo de Gasteiz de «impedir o exercício do direito de greve», ao decretar serviços mínimos de 100%. Desta forma, afirma, o executivo basco defende «os interesses do patronato».

«Sem pôr de parte as características do serviço que desempenha este sector, não há razão nem explicação» para «esta decisão abusiva», denuncia a estrutura sindical.

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