O truque de ilusionismo da administração da Autoeuropa não convenceu ninguém. Com uma proposta de aumentos salariais de 2% para o próximo ano, numa altura em que a inflação já ultrapassou os 10%, a empresa tentou desmobilizar as reivindicações laborais através da atribuição, pontual, de um prémio de 400 euros (o que corresponde a cerca de 28,5 euros mensais, se aplicássemos o prémio aos 14 meses).
Os plenários realizados nos últimos dias evidenciam o descontentamento dos trabalhadores da Autoeuropa com a manobra patronal. Perante todas as evidências de desrespeito, fica claro que «só a luta e a unidade dos trabalhadores é o caminho para o aumento extraordinário dos salários».
Em comunicado, o Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras, Energia e Actividades do Ambiente do Sul (SITE Sul/CGTP-IN) saúda a «participação massiva dos trabalhadores», assim como a «determinação, serenidade e unidade» que demonstraram na decisão de avançar com a acção de luta.
Ao longo dos dias 17 e 18 de Novembro, os trabalhadores da Autoeuropa convocaram uma greve parcial de duas horas, em todos os turnos, «pelo aumento extraordinário dos salários, a melhoria das condições de trabalho e contra os elevados ritmos e cargas de trabalho nas linhas de produção».
O SITE Sul, sindicato que já apresentou o pré-aviso de greve, convoca todos os trabalhadores para, nos períodos de greve, se concentrarem na portaria, «de forma a mostrar o seu descontentamento com a postura da administração e a sua unidade na luta».
«A unidade, determinação e convergência na luta é fundamental para concretizar a reivindicação apresentada», afirma o sindicato, filiado na CGTP-IN: «A luta e unidade dos trabalhadores é o caminho para o aumento extraordinário dos salários».
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