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A voz das mulheres nas ruas de Lisboa

Decorreu a Manifestação Nacional de Mulheres, com milhares de participantes, onde foi exigida «a igualdade, os direitos, o desenvolvimento e a paz».

O Dia Internacional da Mulher foi assinalado com uma Manifestação Nacional de Mulheres que decorreu hoje em Lisboa
O Dia Internacional da Mulher foi assinalado com uma Manifestação Nacional de Mulheres que decorreu hoje em LisboaCréditosNuno Fox / Agência LUSA

Hoje milhares de mulheres manifestaram-se do Rossio à Ribeira das Naus, entre palavras de ordem, faixas e pancartas. Gritaram-se frases como «Só se avança de verdade com direitos e igualdade», «Violência não , dignidade sim!», ou «Pela paz, pelo pão, as mulheres cá estão». Nesta manifestação, ainda inserida nas comemorações do Dia Internacional da Mulher, também participaram homens, porque a luta pelos direitos das mulheres «é uma luta de todos».

Pode ler-se no manifesto que dá corpo a esta manifestação, promovida pelo Movimento Democrático de Mulheres (MDM), que, com esta acção, se pretende alargar a frente social de luta das mulheres «propondo, reivindicando, valorizando as mulheres na sua acção pela cultura e progresso da humanidade, na sua intervenção contra as desigualdades e discriminações que as afectam na família, no trabalho e no plano social, político e cultural».

«Só se avança de verdade com direitos e igualdade»

Uma das palavras de ordem da manifestação

Segundo o MDM, muitas são as razões que levaram as mulheres a manifestar-se. A degradação das condições de trabalho e de vida das mulheres, «que adultera o direito à autonomia e a dignidade das mulheres», tais como a precariedade, os horários e ritmos de trabalho, a discriminação salarial e os baixos salários. Ou o desrespeito e a violação dos direitos sexuais e reprodutivos e da função social da maternidade e paternidade.

Também é apontada pelo movimento a violência sobre as mulheres – seja conjugal, doméstica, no namoro, física, psicológica ou sexual – , que «não pára de aumentar». O MDM chama a atenção para que as medidas de apoio a mulheres vítimas de violência são  insuficientes. E dá o exemplo da prostituição como «uma das mais avilantes formas de violência contra as mulheres».

As manifestantes exigem ainda a resolução de vários problemas como a carência de habitação, a falta de transportes, a falta de tempos livres; assim como a garantia dos direitos das crianças, do direito à segurança social e ao Serviço Nacional de Saúde.


«Não há igualdade sem paz, desenvolvimento e emancipação social»

As mulheres chamam ainda a atenção para as manobras militares  da NATO  na Europa «e a crescente ameaça nuclear imperialista». Falam do «desprezo a que são votados povos e populações, crianças e mulheres deslocadas que fugindo das guerras são tratadas como seres infra humanos». O manifesto sublinha que a corrida aos armamentos e os conflitos bélicos em várias partes do mundo «são os maiores entraves à libertação e emancipação das mulheres e dos povos».

Estas mulheres lutam igualmente pelo desenvolvimento do País, com a dinamização da produção nacional, mais investimento público e o aproveitamento integral das qualificações das mulheres para elevação do seu estatuto socioprofissional e como condição do desenvolvimento do País.

O manifesto refere também que a situação social e política exige a participação das mulheres e a melhoria da sua condição social, a sua intervenção na economia e em todas as esferas da vida; e que a participação das mulheres na vida democrática e nos órgãos de decisão política é uma condição de igualdade e desenvolvimento.

CréditosNuno Fox / Agência LUSA

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