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A ver passar os aviões

Na balança temos uma escolha inviável e uma escolha com futuro. Porque é que ainda há dúvidas? A resposta é simples. 

Créditos / Bomdia.eu

Segundo muitos especialistas é mais fácil acreditar numa mentira, ou numa imprecisão, do que numa verdade complexa. Dizem-nos que andamos há décadas para escolher o local do novo aeroporto e que mais vale escolher mal do que não escolher. Nada mais falso. Já escolhemos e escolhemos bem pelo menos duas vezes. Com estudos, com rigor, com profissionalismo. E escolhemos mal, uma vez.

Quando escolhemos mal, escolhemos sem estudo e sem discussão pública. Foi-nos dito que não havia alternativa, que era assim ou não era. Só depois da escolha é que se fez um estudo, não de forma independente, como deveria ser, mas um estudo condicionado para que à partida permitisse que a escolha fosse justificada. Um estudo que apresentou mais de 150 medidas mitigadoras que agora não são contabilizadas nos custos do aeroporto que ainda hoje é apresentado como mais barato. 

A solução Montijo em todos os trabalhos sérios foi considerada inviável. Em qualquer estudo de impacte ambiental sério, a existência de mais de 150 medidas mitigadoras é motivo para mandar a localização para o «lixo».

Alcochete foi a melhor escolha por duas vezes. Uma melhor escolha em aspectos que deveriam ser óbvios: capacidade de expansão, impacto económico, menos impactos ambientais e integração com o transporte ferroviário.

Na balança temos uma escolha inviável e uma escolha com futuro. A questão que se coloca é porque é que ainda há dúvidas? A resposta é simples. 

«Prometeram em campanha a ponte e a alta velocidade e agora mostram mais uma vez que não as querem fazer. E aqui PS e PSD mais uma vez são tão parecidos que se confundem.»

A privatização da ANA por um preço de amigo à Vinci pelo Governo PSD/CDS, em 2012, é mais um exemplo da desgraça das privatizações, que levantam muitas dúvidas. O antigo ministro-adjunto de Durão Barroso é agora o CEO da ANA e apoiante de Luís Montenegro. A dúvida que tenho é se vai integrar o grupo interno do PSD criado para analisar a questão ou se simplesmente os vai orientar. 

Agora até usam o argumento da alta velocidade e da ponte Barreiro-Chelas para excluir a solução Alcochete. Prometeram em campanha a ponte e a alta velocidade e agora mostram mais uma vez que não as querem fazer. E aqui PS e PSD mais uma vez são tão parecidos que se confundem. 

A alta velocidade e a terceira travessia do Tejo são fundamentais para a Área Metropolitana de Lisboa e para o País, permitindo reduzir imenso o tempo das viagens de Lisboa para Porto, Faro e Madrid e melhorar a circulação ferroviária de passageiros e de mercadorias. Não são erros e muito menos despesas desastrosas, são investimentos essenciais para melhorar a vida das pessoas.

Estes partidos sabem bem disso e por isso é que os prometem a cada campanha eleitoral, mas, como bem demonstram, não são eles a escolher porque com as privatizações e os jogos de interesses ficaram reféns do grande capital.

Assim se explica a escolha do Montijo para o aeroporto, mau para o país e para os portugueses, bom para a Vinci, e assim se explicam as resistências a Alcochete, porque a escolha é má para a Vinci e boa para os portugueses e para Portugal. 

Assim se explica também a inércia e o seguidismo dos autarcas do PS, que se comportam como cheerleaders com os seus pompons rosa, festejando os autogolos do seu partido na baliza nacional, ficando em fora de jogo sempre que é necessário defender a região, enquanto os aviões passam, enquanto o futuro voa.

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