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Seca no Algarve existe porque «sucessivos governos adiaram investimento»

A crise da falta de água que assola o Algarve, mas também o Alentejo, revela ausência de obra e de política estratégica que priorize as populações, denuncia a Confederação Nacional da Agricultura (CNA). 

CréditosLuís Forra / Agência Lusa

A crise em que o Sul do País se encontra «tem responsáveis», admite a CNA, num comunicado divulgado esta quinta-feira, salientando que há décadas que se previa esta situação, ao mesmo tempo que «sucessivos governos adiaram investimento» na água do Algarve e do Alentejo. 

Um dos exemplos, refere, é o «fracasso» na execução do Plano Nacional de Regadios pelo actual Executivo, com recorrentes cortes orçamentais em nome do défice. «Igualmente inaceitável», segundo a CNA, é a forma como o Governo anuncia agora os cortes no abastecimento. Esta quarta-feira, o ministro do Ambiente, Duarte Cordeiro, anunciou a redução de 15% do consumo de água no sector urbano e de 25% no sector agrícola, dos quais 15% para aplicar na redução da captação de água para rega. 

Em reacção, a CNA diz que se trata de «artimanhas já habituais e de laivos eleitoralistas», «fortemente prejudiciais» ao sector agrícola, que vai sofrer o maior corte no abastecimento. A estrutura entende que as restrições têm de ser equitativas e transversais a todas as actividades económicas da região, ao mesmo tempo que reclama que as organizações de produtores sejam devidamente ouvidas, desde logo na Comissão Permanente de Prevenção, Monitorização e Acompanhamento dos Efeitos da Seca.

Salienta, por outro lado, que se não for devidamente acompanhado de medidas compensatórias, este corte de abastecimento será uma sentença de morte para muitas explorações agrícolas, «numa região onde dominam as culturas permanentes, organizadas em explorações de pequena e média dimensão, com peso significativo na economia da região e nacional e com impacto no abastecimento alimentar interno».

Neste sentido, a CNA propõe que haja garantia de água de rega a todos os agricultores, de modo a assegurar a sobrevivência das plantas e a
manutenção do potencial produtivo, e apoio aos produtores pecuários apoios para alimentação e abeberamento animal de emergência. Entre outras exigências, a organização pede que, ao nível da exploração agrícola, sejam priorizadas medidas de apoio à instalação de de equipamentos e infra-estruturas de eficiência hídrica, com financiamento a 100%, e acções de informação e sensibilização para novas práticas agronómicas e de gestão juntos dos agricultores. 

Certa da necessidade de adaptar as produções às condições edafoclimáticas de cada região, a estrutura representativa dos pequenos e médios agricultores reclama obras urgentes de forma a garantir o abastecimento de água às populações e para a agricultura, como o adutor do Pomarão, e planos de manutenção e recuperação dos sistemas de abastecimento e rega
destinados à poupança e uso de água.

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