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Redacção do Dinheiro Vivo suspende contratos de trabalho

A redacção do Dinheiro Vivo, título de economia do Global Media Group, decidiu em plenário «a suspensão dos contratos de trabalho» devido ao não pagamento dos salários pela empresa. 

Créditos / Dinheiro Vivo

Esta decisão segue-se a outras semelhantes tomadas pelas redacções do Jornal de Notícias e do desportivo O Jogo, detidas pelo mesmo grupo. Na nota do Dinheiro Vivo, divulgada esta segunda-feira, a redacção aprovou «por unanimidade, a suspensão dos contratos de trabalho na sequência da total ilegalidade que constitui a falta de pagamento de vencimentos devidos por lei aos trabalhadores (subsídios de Natal e salários de Dezembro)».

Além disso, o plenário decidiu «utilizar o site e o caderno semanal do Dinheiro Vivo como meios de luta» e «continuar a aguardar uma decisão da Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC)», que se espera ser conhecida hoje. «Sublinhamos a urgência desta decisão atendendo às actuais condições de trabalho no grupo, cada vez mais degradadas e insustentáveis a curto prazo, repudiando totalmente ser usados como reféns numa guerra de accionistas», referiram.

O plenário exigiu ainda aos accionistas minoritários do Global Media Group «a clarificação das suas posições bem como os processos negociais em que estão envolvidos e se estes implicam a separação dos títulos e das marcas».

Para os trabalhadores, «é imperativo conhecer o futuro, não só do Dinheiro Vivo, mas também dos restantes meios», destacando ainda que repudiam «o desinvestimento acelerado e o clima de instabilidade que tem assolado a redacção» do periódico, «bem como todas as outras do grupo».

«Com uma equipa de apenas dez jornalistas – dos quais um director e duas editoras – e perante a impossibilidade de recorrer a colaboradores, vitais para o bom funcionamento e diversidade da publicação, o projecto editorial económico do grupo, a marca Dinheiro Vivo, está em perigo – motivos, aliás, que levaram à demissão do director, com o qual a redacção se solidariza», denunciaram. Lembraram ainda que o título foi «fundado em 2011 com uma equipa de 31 jornalistas».

A redacção do Dinheiro Vivo, título fundado em 2011 com uma equipa de 31 jornalistas, «está solidária com todas as formas de luta que os camaradas do Diário de Notícias, do Jornal de Notícias, de O Jogo, da TSF, da Global Imagens, dos demais títulos do GMG e de todos os serviços partilhados têm encetado», destacaram.

 Os trabalhadores do Diário de Notícias exigiram ao GMG a regularização da situação salarial até 31 de Janeiro, decidindo avançar com um pré-aviso de greve por tempo indeterminado «se tal não acontecer». Recorde-se que, na semana passada, o presidente do GMG disse, em comunicado, que o World Opportunity Fund (WOF), que controla o grupo, transmitiu a sua indisponibilidade em transferir dinheiro para pagar os salários em atraso até uma decisão da ERC e à retirada de um «alegado procedimento cautelar» anunciado por Marco Galinha. No Congresso de Jornalistas do passado fim-de-semana, Telmo Gonçalves, vogal do Conselho Regulador da ERC, disse que o regulador tem feito tudo o que pode «no quadro legal disponível», acrescentando que «não existe» qualquer mecanismo que imponha restrições a entidades empresariais, como fundos de investimento, de fazerem negócios na comunicação social. E que inverter este cenário obriga o legislador a alterar a lei. 

Entretanto, o Congresso aprovou uma greve geral por unanimidade, tendo mandatado o Sindicato dos Jornalistas para definir a data da paralisação.


Com agência Lusa

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