Mensagem de erro

User warning: The following module is missing from the file system: standard. For information about how to fix this, see the documentation page. in _drupal_trigger_error_with_delayed_logging() (line 1143 of /home/abrilabril/public_html/includes/bootstrap.inc).

A especulação explicada pelos especuladores

Um porta-voz de um grupo de fundos especulativos explicou ao Expresso a estratégia para pressionar o serviço da dívida pública portuguesa.

A Blackrock, tem participações em empresas portuguesas como a EDP, a Jerónimo Martins, os CTT, o BCP ou a NOS
A Blackrock, tem participações em empresas portuguesas como a EDP, a Jerónimo Martins, os CTT, o BCP ou a NOSCréditosAmericasroof / CC BY-SA 3.0

Um grupo que engloba 20 fundos especulativos, como a Blackrock ou a PIMCO, está a fazer chantagem com as autoridades portuguesas por terem sofrido perdas de 1,9 mil milhões de euros com a resolução do BES.

A estratégia, revelou uma fonte citada na última edição do Expresso, passa por boicotar a compra de dívida portuguesa e, assim, fazer subir as taxas de juro. O objectivo, disse a fonte anónima, é forçar as autoridades portuguesas a suportar, pelo menos parcialmente, o reembolso de obrigações (títulos de dívida) do BES compradas pelos especuladores em vésperas da falência do banco.

Apesar de prometerem «manter essa proibição [de compra de dívida] com disciplina», os fundos afirmam estar disponíves para uma negociação. A posição desmente a tese difundida para contrariar uma renegociação da dívida pública portuguesa: confrontados com perdas avultadas, os especuladores preferem negociar uma redução dos prejuízos, reduzindo o valor que receberiam caso as obrigações fossem integralmente remuneradas.

A mesma fonte assume que «os juros da dívida portuguesa deveriam ser mais baixos», tendo em conta a evolução dos «indicadores fundamentais do País». Com a operação especulativa, esperam impor um custo adicional de 8 mil milhões de euros nos próximos dez anos.

A última tentativa de criar dificuldades ao financiamento português surgiu em vésperas da emissão de dívida da Caixa Geral de Depósitos, uma das etapas do processo de recapitalização em curso.

Portugal é o Estado-membro da União Europeia cujo serviço da dívida mais pesa no Produto Interno Bruto (PIB), ainda que países como a Itália e a Grécia estejam mais endividados.

Uma renegociação da dívida pública que permitisse uma redução para metade dos juros pagos anualmente pelo País permitiria que as contas públicas de 2016, em vez de um défice de 3,8 mil milhões de euros, apresentassem um saldo positivo de 111 milhões de euros.

Contribui para uma boa ideia

Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz.

O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença.

Contribui aqui