O secretário-geral do PCP adiantou que, nesta deslocação aos Açores, «foram alguns os socialistas» que disseram que este Governo Regional «se esqueceu das pessoas, das pessoas inclusive que tinham votado neles». Jerónimo afirmou que é necessário «demonstrar que enquanto essa maioria absoluta existir os problemas não se resolvem», numa referência à maioria que o PS detém na Assembleia Legislativa Regional.
A candidatura da CDU realizou ontem um encontro regional, em Ponta Delgada, que contou com a presença de várias dezenas de activistas e candidatos às eleições para a Assembleia Legislativa Regional, que têm lugar a 16 de Outubro.
«Não entreguem esta luta ao cuidado dos candidatos, tem de ser uma luta nossa, tem de ser uma luta vossa», acrescentou Jerónimo de Sousa. «É preciso estar na rua, nos locais de trabalho, junto dos trabalhadores, dos homens da lavoura, do mar, de toda a população» neste «combate desigual», apelou o secretário-geral do PCP.
O dirigente comunista, que deu o exemplo da Assembleia da República, adiantou que «sempre que existiam maiorias absolutas existia o rolo compressor de o que importava era contar cabeças dos deputados e não a razão da proposta ou da iniciativa». Ainda sobre a situação política nacional, Jerónimo lembrou que as «diferenças programáticas entre o PCP e o PS» não foram eliminadas.
«O que aconteceu foi que o PCP e o PS acordaram uma posição conjunta, cujas matérias que essa posição contém definem o grau da divergência e o grau de compromisso, mas nenhum partido abdicou da sua independência e do seu programa», concluiu o dirigente comunista, para sublinhar que o principal compromisso do PCP e da CDU «continua a ser com os trabalhadores e com o povo».
Num jantar-comício na Terceira, ontem à noite, o secretário-geral do PS fez um paralelismo entre os últimos quatro anos de governação nos Açores com o governo do PSD e do CDS-PP no País. Logo de seguida, o candidato socialista e actual presidente do Governo Regional, Vasco Cordeiro, sublinhou a diferença entre os últimos meses e o anterior governo, para concluir que o que o actual Governo da República fez «em cerca da 10 meses é já bem mais do que outros em cinco anos fizeram pela nossa região».
Com Lusa
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